Cáritas coordena projectos com a Protecção Civil

A Cáritas portuguesa vai estudar com a Protecção Civil das zonas com maior risco de incêndio a atribuição de donativos remanescentes de uma campanha realizada em 2003 para apoiar vítimas dos fogos, anunciou ontem o presidente da instituição. Em causa estão «centenas de milhar de Euros» que ainda existem nas contas da instituição, doados durante a campanha realizada em 2003 e 2004 para as vítimas dos incêndios de há dois anos, explicou o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca. Após ter apoiado a reconstrução de várias casas e projectos de requalificação de zonas públicas, a Cáritas decidiu, na reunião do Conselho Permanente realizada este fim-de-semana, estudar com os agentes locais de protecção civil a aplicação do dinheiro remanescente. «Com a seca há o risco de mais incêndios. Por isso vamos estar atentos aos problemas e poderemos aplicar esse dinheiro na prevenção e na correcção de situações detectadas», explicou Eugénio Fonseca. «Pode haver um recrudescimento dos fogos», pelo que foi «pedido a cada Cáritas Diocesana para que contacte a Protecção Civil» da sua zona de modo a articular estratégias de prevenção. Além disso, «não fechamos a hipótese de reabrir a conta que foi utilizada nessa ocasião» para recolher mais donativos, acrescentou. No que diz respeito à campanha de recolha de donativos para as vítimas do maremoto do sudeste asiático, que atingem pouco mais de cinco milhões de Euros, Eugénio Fonseca mostrou-se preocupado com os atrasos na aplicação desses fundos na reconstrução das habitações. São «dinâmicas diferentes», disse, salientando que «tem sido mais fácil a reconstituição dos postos de trabalho», justificou. A Cáritas está ainda a ponderar a possibilidade de enviar uma delegação à zona para verificar a forma como está a ser aplicada a verba, disse ainda. Neste encontro, a Cáritas aprovou o tema “Água como bem comum” para a Semana Nacional da instituição, a realizar em 2006, que inclui um peditório público. Para tentar compensar a falta de voluntários, a Cáritas vai contactar «outras instituições de âmbito nacional da Igreja para que se empenhem na sensibilização dos seus membros» de modo a integrá-los na campanha, explicou Eugénio Fonseca.

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