O presidente da Caritas Internationalis, o Cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga, afirmou que os civis em Gaza terão de enfrentar uma crise humanitária se as acções militares de Israel não forem controladas pela comunidade internacional. O Cardeal Maradiaga afirmou a urgência de as agências humanitárias chegarem aos doentes e feridos em Gaza, vítimas onde se incluem mulheres e crianças. A Caritas afirma ser inseguro as pessoas moverem-se nas imediações de Gaza, incluindo médicos que estão impossibilitados de chegar às clinicas ou aos feridos nas suas casas e, por isso, a ajuda não pode ser realizada. A Caritas Internationalis, enquanto Confederação de 162 organizações de solidariedade católicas, providencia serviços médicos primários em Gaza, através da Caritas de Jerusalém e de paróquias locais. O centro médico da Caritas e diversos pontos médicos continuam operacionais apesar das dificuldades. O Cardeal Maradiaga afirmou que a Caritas e os parceiros das Igrejas Católicas na Terra Santa “pedem o cessar fogo imediato de forma a que os feridos e doentes possam ser tratados. Pessoas inocentes estão a sofrer porque a ajuda humanitária não consegue chegar, impedidos pelas acções militares israelitas”. A Caritas pede o envolvimento dos EUA, da União Europeia e da comunidade internacional para que pressione um cessar fogo imediato, criando um ambiente de ajuda em Gaza que permita às agencias humanitárias cuidar dos feridos. A guerra não pode ser justificada nem pelo Hamas nem por Israel. Os argumentos são moralmente repugnantes quando falamos de vidas de crianças inocentes”. A Caritas apela ao fim imediato de ataques por parte do Hamas e dos bombardeamentos israelistas para que a ajuda humanitária possa passar pelos locais mais necessitados. A secretária geral da Caritas de Jerusalém, Claudette Habesch afirmou que “a equipa de trabalho local em Gaza está a assistir a um colapso dos serviços médicos. AS pessoas estão a morrer nas suas casas porque não conseguem ser tratadas. Existem 2053 camas hospitalares em Gaza e 2500 pessoas foram feridas nos bombardeamentos israelitas. Os médicos começam a sentir falta de as compressas e anti-séptico”, para além da falta de alimentos que se começa a sentir no território. O cruzamento de Kerem Shalom é o único aberto mas acusa a falta de capacidade para suportar a ajuda humanitária que a população de Gaza necessita. O cruzamento suporta cerca de 100 a 150 camiões por dia, enquanto que as necessidades diárias apontam para cerca de 400 camiões diários. A Caritas sublinha que os cruzamentos de Karni e Nahal Oz precisam ser abertos.