Um ano depois do terramoto, a organização humanitária católica realça que «não podemos revoltar-nos contra a natureza, mas sim combater a pobreza e ignorância»
Lisboa, 12 Jan (Ecclesia) – A Cáritas Internacional deixou à população do Haiti uma mensagem de solidariedade e esperança para o futuro, no dia em que se recorda o terramoto que, precisamente há um ano, destruiu o país.
“É possível construir um mundo novo no país, um mundo sem fome, sem analfabetismo, onde todos têm um tecto para viver” defendem as delegações da Cáritas que se encontram a trabalhar no Haiti, em comunicado oficial.
O dia 12 de Janeiro de 2010 ficou na memória dos haitianos como um dos mais negros da sua história – um terramoto que terá causado mais de 230 mil mortos e desalojado perto de um milhão de pessoas, devido aos inúmeros danos materiais.
O fenómeno natural teve o seu epicentro 25 km a sudoeste da capital, Port-au-Prince, e atingiu os 7.0 na escala de Richter.
“Recordamos esse dia, que chocou toda a nação”, escreve a Cáritas, realçando no entanto que “não foi tanto o tremor de terra que levou as nossas crianças, os nossos parentes, familiares e amigos, mas sim a pobreza, a ignorância e a irresponsabilidade”.
“Não podemos revoltar-nos contra a natureza mas sim combater a pobreza e ignorância” sublinha a Cáritas apontando para o milhão de pessoas que ainda são obrigadas a viver em acampamentos, “onde enfrentam condições intoleráveis”.
A Cáritas Internacional marca presença no Haiti através de 11 delegações que actuam lado a lado no terreno com a Cáritas Haiti.
Em Maio do ano passado, o braço humanitário da Igreja Católica deu inicio a um vasto programa de reconstrução naquele país, investindo 217 milhões de dólares (perto de 170 milhões de euros) em novas casas, escolas, centros de saúde e estabelecimentos comunitários.
A «Caritas Internationalis», confederação de 162 Organizações Católicas de ajuda humanitária, está presente em mais de 200 países e territórios, incluindo Portugal.
JCP