Caridade não pode ser assistencial

O presidente da Cáritas Portuguesa considera que a caridade da Igreja não pode ser reduzida a um aspecto assistencial. “O Papa pede que a acção da Igreja não seja só assistencial, porque acaba na caridadezinha”, afirmou Eugénio da Fonseca durante um colóquio sobre a primeira encíclica de Bento XVI, “Deus é amor”. “Nós cristãos somos chamados à Igreja para sermos faróis de mudança neste tempo que tem algumas desorientações”, acrescentou. Aos participantes na Assembleia-geral da Associação dos Amigos Missionários da Consolata (AMC), a 4 de Junho, Eugénio Fonseca salientou que é preciso “formação profissional” também para os voluntários”. “Nós não fazemos caridade para chegar ao céu. Fazemos caridade porque é uma exigência” do ser cristão – frisou aquele responsável. O presidente da Cáitas salvaguardou também a necessidade de um olhar atento para os irmãos que vivem na comunidade, para que não se corra o risco de estar tão empenhado em ajudar os irmãos de longe e deixar que os irmãos que fazem parte da mesma comunidade passem fome. “Se não rezamos, somos activistas de um movimento qualquer mas, não somos Igreja”, afirmou peremptoriamente Eugénio Fonseca, reforçando a necessidade da ligação com a eucaristia, onde o cristão vai buscar força para continuar a fazer caminho.

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