Cardeal Ratzinger criticou a saga de Harry Potter

Cartas de 2003 mostram reservas à «pottermania» O sexto volume das aventuras de Harry Potter, que chegou às livrarias de todo o mundo esta madrugada, dá sequência a uma saga que conta já com mais de 300 milhões de exemplares em todo o mundo. Esta verdadeira “pottermania” foi criticada, em 2003, pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, para o qual a personagem “destrói o espírito do Cristianismo”. Uma agência difundiu duas cartas do ano 2003, escritas em alemão pelo actual Papa, no qual este mostrava as suas reservas às aventuras de Harry Potter. Apesar de ninguém no Vaticano ter adiantado comentários sobre estas cartas, sempre deixaram fazer saber que os livros de J. K. Rowling devem ser lidos como “literatura infantil” e não como teologia. Bento XVI escreveu, há dois anos, à socióloga católica Gabriele Kuby para dar conta da recepção do livro “Harry Potter: Gut oder Bose” (Harry Potter: o bem ou o mal), no qual a escritora expressava as suas preocupações pelo facto de as crianças poderem ficar fascinadas com o “oculto”, presente em toda a série. O então prefeito da Congregação para a Doutrina da fé louvava a tentativa da autora de “iluminar as pessoas a respeito de Herry Potter” e das possíveis “seduções subtis” que a obra apresenta a um público que ainda não amadureceu na fé cristã. Além disso, pede-lhe que envie uma cópia do seu livro ao Pe. Peter Fleedwood, antigo membro do Conselho Pontifício para a Cultura. Este último, numa conferência de imprensa sobre a corrente “New Age”, celebrada no Vaticano em Fevereiro de 2003, referira que não tinha nenhuma objecção a fazer sobre a obra de Rowling, “uma cristã que vive e escreve como tal”. Numa segunda carta, o actual Papa autorizou Kuby a difundir as opiniões que manifestara na primeira missiva. As cartas, em alemão, estão disponíveis em www.lifesite.net/ldn/2005_docs/ratzingerletter.pdf e www.lifesite.net/ldn/2005_docs/ratzingerpermission.pdf

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