Cardeal Ratzinger contra a ausência do Cristianismo na Constituição Europeia

O Cardeal Joseph Ratzinguer, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, mostrou-se profundamente desiludido com a falta de uma referência explicita às raízes cristãs no Tratado Constitucional Europeu. “Foram as raízes cristãs as que criaram a possibilidade de um pluralismo e teria sido importante garantir esta experiência, esta realidade de inspiração cristã da qual se desenvolveu este espaço de liberdade chamado Europa”, refere o Cardeal alemão, na edição diário de “L’Osservatore Romano”, jornal oficioso da Santa Sé. O periódico, na edição em italiano de hoje, dedica um artigo à “oportunidade histórica perdida” na Constituição Europeia, vincando que “as raízes cristãs continuam indispensáveis para fornecer um novo impulso à própria ideia de Europa e aos seus ideais”. Também o secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, Aldo Giordano, fala de desilusão, assinalando que “não foi tida em conta a experiência dos países de Leste, saídos do comunismo e que olhavam para o Ocidente como espaço de liberdade onde houvesse espaço para respirar, mesmo em questões de fé”.

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