O arcebispo de Tegucigalpa, Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, negou ter apoiado o golpe de Estado no seu país, e disse que seria "prudente e patriótico" que o presidente deposto, Manuel Zelaya, não regresse às Honduras por enquanto.
Em entrevista publicada pelo jornal argentino "Clarín", o Cardeal considera que Zelaya "saqueou o Estado impunemente" e afirma que foi a sua própria conduta que levou ao golpe cívico-militar.
"Não é verdade que apoiemos o golpe. Eu não sou golpista", precisou D. Rodríguez Maradiaga, acrescentando que não legitima o governo de Roberto Micheletti.
O presitigiado Cardeal hondurenho recordou que advertiu Zelaya "sobre os perigos que a intromissão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, poderia produzir na vida das Honduras".
O Presidente interino das Honduras, Roberto Micheletti, sugeriu que o novo regime, não reconhecido internacionalmente, poderá conceder uma amnistia ao deposto Manuel Zelaya se este se entregar voluntariamente à Justiça hondurenha.