D. José Policarpo ordenou cinco padres e nove diáconos
Lisboa, 02 jul 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca sublinhou hoje em Lisboa a importância da virgindade e da obediência à vontade da Igreja, durante a missa em que ordenou cinco padres e nove diáconos.
Na homilia, enviada à Agência ECCLESIA, D. José Policarpo frisou que “a virgindade sacerdotal não pode ser vista como negação, nem da sexualidade e da afetividade e de toda a capacidade humana de amar, mas como uma outra maneira de amar”.
Dirigindo-se aos fiéis reunidos esta tarde no mosteiro dos Jerónimos, o bispo de Lisboa deteve-se também na questão da obediência, realçando que as aspirações individuais se devem submeter às normas da Igreja, que são expressão da vontade divina.
“Não nos ordenamos para fazer o que gostamos; é preciso aprender a gostar de tudo o que a Igreja nos pede”, vincou o cardeal-patriarca, para quem a obediência é “a completa sintonia da vontade própria com o desígnio de Deus”.
Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, os diáconos, padres e bispos devem “abdicar” da sua vontade “para amar a vontade de Deus, expressa pela Igreja”, rejeitando os “planos” e “a maneira pessoal de ver as coisas”.
O ritual das ordenações de diáconos e padres inclui um momento em que cada ordinando se ajoelha diante do prelado que o vai ordenar e promete obediência a ele e aos seus sucessores, ou, no caso de um membro de comunidade religiosa, ao seu superior.
A obediência, apontou D. José Policarpo, resulta de um “coração renovado” que se deixa “recriar continuamente” pela meditação da Bíblia, atitude que é essencial para a transmissão do cristianismo.
“Os presbíteros e os diáconos são ministros da Palavra”, e sem a sua escuta “da forma mais completa” não “haverá ‘nova evangelização’”, referiu o bispo de Lisboa, que em 2011 assinala 50 anos de ordenação sacerdotal.
No dia em que a Igreja Católica evoca o “Imaculado Coração da Virgem Santa Maria”, o cardeal-patriarca desejou aos novos padres e diáconos que sejam “felizes”, depois de recordar a expressão popular “um santo triste é um triste santo”.
D. José Policarpo ordenou cinco padres para a diocese de Lisboa, um diácono com vista ao sacerdócio, pertencente à Ordem dos Pregadores (Dominicanos), e oito diáconos permanentes.
RM