Multidões na morte de João Paulo II e eleição do novo Papa são provas de uma Igreja viva O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, considera que o interesse suscitado, em todo o mundo, pela morte de João Paulo II e eleição do novo Papa são provas de uma Igreja viva. “Nestas últimas semanas, a Igreja teve uma visibilidade inaudita. Eu estava lá”, afirmou D. José Policarpo, que ontem presidiu à primeira Missa na nova igreja de Alverca, a primeira consagrada aos Pastorinhos de Fátima. Na sua homilia, o Cardeal-Patriarca sublinhou a importância da presença no Vaticano de “multidões vindas de todo o mundo, que ultrapassaram obstáculos, noites em branco e horas de espera” para assistir às cerimónias fúnebres de João Paulo II e acompanhar a eleição do novo Papa. “Nada as fez parar”, constatou, com admiração. O Patriarca de Lisboa considera que a Igreja é isso mesmo, “um povo em movimento que atravessa a história e só fica parado quando no coração não tem algo que o atraia. É uma peregrinação que precisa de etapas, de motivos e de lugares”, considerou D. José Policarpo. D. José Policarpo congratulou-se ainda pela inauguração da primeira igreja consagrada aos Pastorinhos e pelas cerca de oito mil pessoas que se deslocaram ao estádio de futebol do Alverca para assistir à chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, transportada de helicóptero desde o Santuário. “Nossa Senhora tem uma capacidade de atracção misteriosa. Não vale a pena discutir nem perguntar porquê”, afirmou. Milhares de pessoas assistiram à missa presidida por D. José Policarpo através de um ecrã gigante colocado no exterior da igreja, inaugurada com uma largada de 180 pombas. A igreja, com capacidade para cerca de 500 pessoas, tem o segundo maior carrilhão da Europa e o terceiro a nível mundial, com 72 sinos de bronze, que pesam cerca de 40 toneladas.
