Cardeal-Patriarca: «Cristo não é apenas mais um homem»

D. José Policarpo prossegue ciclo de catequeses falando da união da humanidade a Jesus, «desafio de superação e de redenção» D. José Policarpo prosseguiu este Domingo o seu ciclo de catequeses quaresmais, falando da humanização do homem a partir da Palavra de Deus e do exemplo de Cristo que, ao assumir a condição humana, lançou o desafio da superação e da redenção. O Cardeal-Patriarca de Lisboa deixou claro que “Cristo não é apenas mais um homem” e frisou que “o homem, a quem Deus entregou o mandato de gerir a criação, arrastou-a para a sua própria caducidade”. “E disso temos sinais contínuos e permanentes no mundo em que vivemos. Foi esta humanidade que Cristo assumiu, humanidade a precisar de redenção e de libertação. Ele não é pecador, mas assumiu uma humanidade pecadora. E fê-lo porque quis que a Sua humanidade, unida à humanidade de cada homem, se tornasse força de superação, isto é, de redenção”, apontou. “Cristo não é apenas mais um homem, une-se a cada homem e a todos os homens, para ser, na nossa dimensão humana, esse desafio de superação e de redenção”, disse D. José Policarpo. Numa Catequese subordinada ao tema “A encarnação da palavra humaniza o homem”, o Patriarca sublinhou que a certeza da Fé que a redenção realizou em Cristo restituiu definitivamente ao homem a dignidade e o sentido da sua existência no mundo: “Cristo é, verdadeiramente, o caminho da plenitude do homem”. “A Igreja, que não cessa de contemplar todo o mistério de Cristo, sabe com a certeza da fé que a redenção que se realizou na Cruz, restituiu definitivamente ao homem a dignidade e o sentido da sua existência no mundo”, frisou. Segundo o Cardeal lisboeta, é nesta lógica de total entrega a Cristo que se entende o testemunho dos mártires: “Os mártires entregaram a vida, as virgens entregaram a Cristo toda a sua capacidade humana de amor, tantos renunciaram à realização humana e aos triunfos do tempo presente para partirem pelo mundo, peregrinos do Reino de Deus”. “Estar unido ao Corpo de Cristo, morto e ressuscitado, introduz no nosso ritmo humano um grande desassossego. Nunca mais poderemos conceber a realização humana apenas como o mundo a concebe. Cristo tornou-nos, já na nossa vida presente, peregrinos do absoluto e da eternidade”, assinalou. Para D. José Policarpo, “a radicalidade da Cruz de Cristo e o surpreendente horizonte de eternidade que nos abre na Sua ressurreição, podem introduzir o dinamismo da imolação, da busca da plenitude na renúncia em dimensões da vida humana a que não teria sentido renunciar na lógica do mundo”. Notícias relacionadas • Catequese do 3.º Domingo da Quaresma do Cardeal-Patriarca de Lisboa

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