O presidente do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos, Cardeal Walter Kasper, defende que a Bíblia é “a base do diálogo ecuménico” e o seu instrumento principal, “seja no aspecto doutrinal, seja no espiritual e pastoral”. Numa intervenção escrita divulgada na página oficial do Sínodo dos Bispos, a decorrer no Vaticano, o membro da Cúria Romana destaca que “apesar de todas as tristes divisões na história da Igreja, a palavra de Deus, testemunhada sobretudo na Sagrada Escritura, permaneceu como a herança comum”. “Nenhuma outra coisa une as Igrejas e as comunidades cristãs como a Bíblia faz”, prossegue. O Cardeal Kasper apela à leitura orante da Bíblia, a Lectio Divina, que considera ser “o adequado método ecuménico”, quando feita em comum. “Esse diálogo, nas décadas passadas, deu muitos frutos positivos”, referiu, assegurando que “devemos estar gratos por tudo o que o Espírito de Deus fez por uma reaproximação dos cristãos”.