Cardeal Ivan Dias termina visita ao Funchal

E aponta política, meios de comunicação social, imigrantes e refugiados como novos palcos de evangelização Terminou hoje a visita oficial do Cardeal Ivan Dias, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, ao Funchal por ocasião dos 500 anos do aniversário da cidade. Uma oportunidade para lembrar o papel que a Igreja tem na evangelização dos povos e na edificação dos territórios. Na celebração eucarística e Te Deum de Acção de Graças na Sé do Funchal, o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, lembrou que o chamamento missionário continua hoje a ser urgente. “Não só há muitos povos no mundo para serem evangelizados, mas existem também novos horizontes que precisam de ser fecundados com os valores do Evangelho”, apontou o Cardeal na homilia da celebração que presidiu. Novos horizontes como os «mass media», o mundo da política, da ciência e da tecnologia, os imigrantes e refugiados “são mundos que precisam de evangelização”. Numa linha contínua de análise entre o passado e o presente, com projecção ao futuro, o Cardeal chamou a atenção para a necessidade de continuar hoje a obra missionária que é dever da Igreja e de cada um dos seus membros, utilizando novos métodos e meios adequados aos tempos modernos, envolvendo os povos que precisam de ser evangelizados. D. Ivan Dias assinalou que a cidade e a diocese “partilham a mesma história desde os inícios”, pois a diocese assinala, em 2014, os 500 anos. Assim, o Cardeal ressaltou o papel de ambas na acção missionária da Igreja. “E quando o Papa Leão X estabeleceu a Diocese do Funchal em 1514, confiou-lhe a jurisdição e a evangelização de todas as terras já descobertas ou ainda a descobrir pelos portugueses”. O Funchal era então a cidade onde paravam os barcos dos missionários que, saindo do porto de Belém, em Lisboa, se dirigiam para África e para o Oriente levando a Boa Nova. “Ainda hoje muitos vivem e crescem na fé cristã nessas terras longínquas. Este facto o devemos aos vossos antepassados e àqueles navegadores corajosos e missionários totalmente dedicados a Cristo e à sua Igreja, que trouxeram até nós o evangelho de Jesus Cristo”, apontou. O Cardeal afirmou deslocar-se ao Funchal como “peregrino”, em nome pessoal, na sua qualidade de Prefeito para a Evangelização dos Povos, mas também “em nome de milhares de cristãos dos continentes africano, americano e asiático”, agradecer “a coragem, o zelo e os sacrifícios heróicos de tantos missionários que nos trouxeram o Evangelho de Jesus, passando aqui, por esta cidade do Funchal”. D. Ivan Dias confirmou que “a contemplação do passado exige uma acção concreta semelhante no presente, até como cumprimento dum legado deixado pelos antepassados às novas gerações”. Lembrando que se assinala o Ano Paulino, o Cardeal recordou o convite de Bento XVI De “renovar o fervor da nossa fé e a alegria de partilhar o Evangelho com os outros, num compromisso missionário que é próprio de todos nós cristãos, porque toda a Igreja, e cada um dos seus membros, existem para evangelizar”. O Cardeal indicou como caminhos de evangelização as viagens missionários de leigos e religiosos, a oração pelos que não foram ainda evangelizados e pelos que são missionários e através do testemunho “de vida cristã no mundo concreto que nos rodei”. O Cardeal Ivan Dias foi portador da bênção apostólica de Bento XVI para o povo madeirense. D. António Carrilho, bispo do Funchal, fez votos para “que a comemoração dos 500 anos de existência contribua para avivar a memória dos valores e tradições e para criar novos projectos até de desenvolvimento, bem-estar e boas relações entre os seus visitantes e com aqueles que nos visitam”. A relação entre a fé e a cidade e o contributo mútuo para o desenvolvimento, nestes cinco séculos, mereceram de D. António lembrou a toponímia urbana como símbolo “de como a fé cristã tem integrado e sustentado o processo histórico de desenvolvimento da cidade”. Antes ainda da celebração eucarística, o Cardeal Ivan Dias visitou o Papamóvel onde João Paulo II viajou na sua visita à ilha da Madeira, a 12 de Maio de 1991. De seguida, o Cardeal passou pela Sé e colocou junto da estátua de João Paulo II uma coroa de flores, em homenagem ao Papa. Após uma pequena oração, O Cardeal entrou na Sé onde foi recebido com forte aplauso dos fiéis, ajoelhando na Capela do Santíssimo Sacramento em adoração durante alguns minutos. Dirigiu-se em seguida para junto do andor de Nossa Senhora do Monte, tendo dirigido uma breve prece à Padroeira. A Sé foi pequena para conter os fiéis, entre os quais se encontravam as autoridades regionais, legislativas, autárquicas e locais, em primeira linha. Notícias relacionadas Homilia do Cardeal Ivan Dias Notícias relacionadas D. António Carrilho saúda presença do Cardeal Ivan Dias na Madeira Redacção/Jornal da Madeira

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Agência ECCLESIA

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