O Cardeal D. Ivan Dias comparou no passado Sábado as relações entre Estado e Igreja com a vida familiar. “Quando os pais se entendem bem, os filhos crescem na harmonia, na confiança e na alegria. Mas, quando eles vivem em conflito, os filhos desorientam-se”, disse o enviado do papa Bento XVI à 8ª Assembleia da Associação Inter-Regional dos Bispos da África Austral (IMBISA), em Luanda. Diante de um grupo de 52 bispos de Angola, África do Sul, Namíbia, Moçambique, Botswana, Zimbabué e Lesoto, D. Ivan Dias afirmou que um bom governo deve ter por base “a verdade e a natureza do homem”. Segundo o cardeal, “todos têm o dever e o direito de lutar para o crescimento autêntico à medida da dignidade humana, das sociedades e do mundo em que estão inseridos”. O presidente da Assembleia Nacional angolana, Roberto de Almeida, disse que a Igreja tem actuado junto das populações dos países da região, em prol do bem e do amor ao próximo, apontando o caminho da paz, da justiça social e divulgando a esperança num “futuro melhor”. “É necessário que se criem cada vez mais os projectos sociais e outras acções humanitárias que atinjam realmente os mais necessitados e os mais desprotegidos”, afirmou o líder do Parlamento angolano. O Arcebispo de Luanda e presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe, D. Damião Franklim, disse que para além da evangelização, a Igreja está preocupada com a santidade dos fiéis. “A Igreja também está comprometida com a promoção humana, com o desenvolvimento, sobretudo num país como o nosso”. D. Franklin afirmou que em Angola existe um projecto no Ministério da Educação para que a Igreja contribua na área do ensino. Segundo o arcebispo, a medida é “a chave” para erradicar a pobreza.
