Cardeal indiano pede ajuda internacional para ajudar os cristãos

A Conferência Episcopal da Índia pediu pressão da comunidade internacional para enfrentar a violência anti-cristã que persiste no estado de Orissa. O Cardeal Telesphore Toppo, arcebispo de Ranchi e ex-presidente da Conferência Episcopal pediu, especificamente, “uma solução política”. “Precisamos de um governo que queira enfrentar estes problemas” afirmou, denunciando também os limites impostos à Igreja indiana na ajuda aos seus fiéis. “Não é fácil ter informações de Orissa, porque a situação não está normalizada. Muitos cristãos fugiram para as florestas e para os campos, onde não podem receber ajuda humanitária, porque não é permitido”. A Igreja que sempre activou mecanismos de ajuda em terramotos ou inundações que atingiram o estado de Orissa, “não pode neste momento levar ajuda às vítimas”. O Arcebispo afirmou que a Índia é a «maior democracia no mundo, mas em Orissa, não há sinal de democracia”. Após a publicação da carta dos bispos indianos, a 26 de Setembro, com propostas concretas para parar as violências, o governo, “ao que parece, começou mexer-se, acrescentou ainda o Cardeal. “Muitas outras organizações e partidos estão a agir, respondendo e negociando com os grupos terroristas. Isto não é suficiente, porque os cristãos de Orissa precisam de segurança, protecção e assistência”, afirmou pedindo ainda indemnizações pois “os cristãos têm as suas casa destruídas, perderam tudo”. Segundo os bispos indianos, não é suficiente punir os culpados. “As pessoas devem reconstruir as suas vidas destruídas”. Sobre as conversões, razão pela qual os hindus justificam a violência, o arcebispo de Ranchi recorda que não é verdade que os cristãos convertiam os hinduístas, mas, “registaram-se conversões forçadas de cristãos”. “Existe uma estratégia planificada contra os cristãos da diocese de Bhubaneswar porque ali, a Igreja estava em crescimento, mantendo o respeito dos tribais e dos dálits, que partilhavam o ensino e “tinham oportunidade para se emancipar social e economicamente. Agora, perderam tudo, inclusive a fé”. O Cardeal Toppo, a pressão internacional poderia ser maior, mas regista uma ajuda. “Agora os indianos temem que a situação possa ser vista por todos e transformar-se numa vergonha nacional”. O Cardeal assume esta como uma questão de justiça e de direitos humanos. “Vivemos numa aldeia global. Quando os direitos humanos estão em jogo, outros países devem intervir”. Com Rádio Vaticano

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