O Cardeal Javier Lozano Barragán, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde (CPPS), reafirmou a preocupação do Papa e da Santa Sé perante a pandemia da SIDA, que já matou 25 milhões de pessoas em todo o mundo. De regresso a Roma após a Reunião de Alto Nível de 2006 sobre o HIV/Sida, na ONU, o membro da Cúria Romana disse à Rádio Vaticano que partilha as preocupações de “todos os Estados” nesta matéria, mas admitiu que “o problema está no modo de travar a pandemia”. “O acordo depende do compromisso de vários países, em especial do Norte da Europa, que querem a libertinagem sexual: não se pode conciliar essa libertinagem com a possibilidade de ser infectado”, referiu em entrevista. O presidente do CPPS criticou duramente aqueles que se limitam ao aspecto “profiláctico” e ainda o conceito de “saúde reprodutiva”, que considera manipulado “por organizações de tipo perverso, tanto homossexuais como lésbicas”. O Cardeal Barragán voltou a sublinhar que a Igreja Católica gere, hoje em dia, 26,7% dos centros que acompanham dos doentes de SIDA, em 102 países de todo o mundo. Na ONU foi ainda apresentada a Fundação “Bom Samaritano”, fundada por João Paulo II, e um opúsculo com todos os dados relativos ao trabalho da Igreja nesta área.