Cardeal apoia encerramento do campo de Guantanamo

Vaticano prepara documento sobre direitos humanos nas prisões O Cardeal Renato Martino manifestou o seu apoio às pressões internacionais para o encerramento do campo de Guantanamo, numa declaração publicada esta sexta feira pela imprensa italiana, citada pela AFP. “É necessário apoiar as pressões internacionais para com os Estados Unidos, para encontrar uma solução” relativa a Guantanamo, porque “quando os direitos humanos não são respeitados, é necessário fazer algo”, declarou ontem o Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifical Justiça e Paz (CPJP). O recente suicídio de três prisioneiros de Guantanamo relançou as pressões internacionais sobre Washington, para encerrar a prisão instalada na base americana em Cuba, onde 460 pessoas ainda são retidas sem julgamento. O Cardeal, interrogado por jornalistas, por ocasião de uma reunião no Vaticano, preparatória de uma campanha sobre as condições de internamento dos requerentes de asilo e imigrantes clandestinos através do mundo, anunciou que o Vaticano prepara um documento sobre “os direitos humanos nas prisões do mundo inteiro”. O Cardeal Martino qualificou os campos de retenção, onde são retidos os candidatos à imigração, de “campos de concentração” onde os direitos do homem “frequentemente são violados”. Em Março deste ano, o presidente do CPJP, após uma visita a Cuba, tinha denunciado as condições da prisão norte-americana de Guantanamo, afirmando claramente que, ali “a dignidade do homem não é respeitada”, frisando que “todos tem direito a um julgamento justo. E se existem presos que se encontram privados da liberdade, sem ao menos conhecerem os motivos para isso, em qualquer lugar do mundo, nós não hesitaremos em defendê-los”, sublinhava. Redacção/AFP

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