Capuchinhos/Portugal: D. Joaquim Ferreira Lopes celebra bodas de ouro sacerdotais

Lisboa, 29 set 2025 (Ecclesia) – Os Frades Menores Capuchinhos em Portugal estão a celebrar as bodas de ouro sacerdotais de D. frei Joaquim Ferreira Lopes, missionário português e bispo em Angola, que presidiu a uma Eucaristia, e evocou o Ano Santo, em Lisboa.

“Nesta dupla dimensão em que devemos celebrar o jubileu, dou graças ao Senhor convosco nesta eucaristia e peço também perdão de todo o mal de que eu fui o autor, defraudando o Povo de Deus, a Igreja; sou eu o autor e me penitencio diante de vós. Rezemos uns pelos outros para que o Senhor tenha compaixão de nós, nos dê a Sua bênção e, depois, o prémio de termos fundamentado a nossa vida na Sua Palavra”, disse D. Joaquim Ferreira Lopes, este domingo, dia 28 de setembro, informam os Capuchinhos, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

A Paróquia da Sagrada Família do Calhariz de Benfica, no Patriarcado de Lisboa, e a respetiva fraternidade Capuchinha, onde reside atualmente D. Joaquim Ferreira Lopes, estiveram em festa ao celebrarem as Bodas de Ouro Sacerdotais deste confrade e bispo emérito de Viana (Angola).

D. Joaquim Ferreira Lopes (OFMCap) presidiu à Missa de ação de graças, concelebrada por diversos sacerdotes, o ministro provincial dos Capuchinhos em Portugal, frei António da Silva Martins, “que fez a apresentação do homenageado”, o pároco do Calhariz de Benfica, frei Emídio Morais, frei Adelino Domingues Soares, missionário português em Angola, e o padre António Pojeira Dias, da fraternidade dos Capuchinhos do Amial (Porto).

Na homilia, com as leituras próprias do XVI Domingo Comum, o bispo missionário referiu-se à importância da Palavra de Deus desse dia, destacando a parábola do rico avarento e do pobre Lázaro: “É agora que o rico tem de ouvir o pobre que chora na sua miséria”.

“É hoje e agora que temos de trabalhar para retirar as desigualdades gritantes e proporcionar uma vida digna para todos pois, na mentalidade bíblica, pobre é aquele que tem a sua confiança colocada em Deus”, desenvolveu o presidente da celebração.

Frei Joaquim Ferreira Lopes, capuchinho, foi ordenado sacerdote no dia 25 de maio de 1975, no Porto, por D. Francisco de Mata Mourisca (capuchinho), bispo do Uíje (Angla).

O bispo missionário já comemorou as bodas de ouro sacerdotais na Diocese angolana de Viana no dia 25 de maio deste ano, com os Capuchinhos de Portugal, no encontro da ordem religiosa pela Páscoa, na Praia de Mira, no dia 23 de abril, e “com os conterrâneos da terra que o viu nascer”, em Roriz (Santo Tirso), a 1 de junho.

Na Paróquia da Sagrada Família do Calhariz de Benfica, em Lisboa, foi distribuída ainda uma pagela comemorativa destes 50 anos de ordenação sacerdotal, após a celebração, informam os Capuchinhos.

D. Joaquim Ferreira Lopes nasceu a 13 de outubro de 1949, em Roriz, Santo Tirso, Diocese do Porto, ingressou na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos onde professou no dia 17 de setembro de 1972, no convento de Santo António, em Barcelos.

No dia 21 de novembro de 2001, São João Paulo II nomeou-o como primeiro bispo da recém-criada Diocese de Dundo (Lunda Norte, Angola), e foi nomeado também primeiro bispo da então criada Diocese de Viana (Angola), pelo Papa Bento XVI, a 6 de junho de 2007.

O Papa Francisco aceitou a renúncia de D. Joaquim Ferreira Lopes, aos 69 anos de idade, no dia 11 de fevereiro de 2019.

CB

O sacerdote Capuchinho estudou Filosofia e Teologia no antigo ISET (Porto e Lisboa), frequentou o Conservatório de Música do Porto, fez estudos de alemão, no Instituto Goethe, e os estudos bíblicos em Jerusalém e em Roma, concluiu a Licenciatura em Teologia Bíblica, em 1999. Foi ordenado Sacerdote no dia 25 de maio de 1975, pelas mãos do saudoso D. Francisco de Mata Mourisca, bispo do Uíje.

D. Joaquim Ferreira Lopes foi missionário em Angola entre 14 de agosto de 1973 e 28 de abril de 2019, quando regressou a Portugal, tendo interrompido este serviço para os estudos em Sagrada Escritura, entre 1997 e 1999; no país lusófono desempenhou diversos ofícios, como pároco de Santo António (Luanda), diretor das Obras Missionárias Pontifícias de Angola e São Tomé, vigário-geral e ecónomo da Arquidiocese de Luanda, chanceler e secretário da CEAST – Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, foi professor na UCP de Luanda, e no seminário maior, presidente nacional da OFS – Ordem Franciscana Secular  e conselheiro dos Capuchinhos.

Os capuchinhos em Portugal informam que o bispo emérito de Viana publicou várias obras, como cartas e mensagens Pastorais (2017) e cartas aos sacerdotes (2018), e destacam: ‘Angola: nascimento de duas Dioceses – Dundo/Lunda Norte’ (2021); ‘A Independência e o Advento da Paz em Angola – Proposta de uma leitura política do livro do Êxodo – Ensaio de Teologia Bíblica’ (2022); ‘O Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Muxima – Do século XVI ao início do século XXI’ (vol. I, 2023 e vol. II, 2024); ‘O Livro de Rute – O Evangelho da Mulher – Uma Proposta de Tradução’ (2025).

 

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