Capuchinhos: Papa incentivou religiosos à «tradição de perdão»

Cidade do Vaticano, 10 fev 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco recordou a centenas de Franciscanos Capuchinhos a “tradição” pela qual são conhecidos, que é “uma tradição de perdão” pedindo que sejam “grandes confessores”, esta terça-feira, numa Eucaristia na Basílica de São Pedro.

“Entre vós há muitos confessores competentes porque sentem-se pecadores diante da grandeza de Deus. Sobretudo, porque sabem rezar e perdoar, se alguém esquece-se da necessidade que se tem de perdão, lentamente esquece-se de Deus, esquece-se de pedir perdão e não sabe perdoar”, disse Francisco, na homilia.

A Eucaristia presidida pelo Papa com a presença dos Franciscanos Capuchinhos assinalou a trasladação das relíquias de São Pio de Pietrelcina e de São Leopoldo Mandi?, que ficam na Basílica de São Pedro para a veneração dos fiéis até a manhã desta quinta-feira.

São Pio de Pietrelcina (Itália, 1887–1968), o ‘padre Pio’, e São Leopoldo Mandic (Croácia, 1866–1942) dedicaram a sua vida aos outros no confessionário e são figuras admiradas pelo Papa argentino.

Francisco assinalou que “o humilde, aquele que se sente pecador”, é um grande confessor no confessionário ao contrário dos que se sentem “puros, mestres e só sabem condenar”, recordando que a “tradição” dos Capuchinhos é “uma tradição de perdão”.

“Especialmente neste ano da misericórdia o confessor existe para perdoar”, explicou o Papa, recomendando que mesmo quando “não se pode dar a absolvição” a pessoa que procura “conforto, perdão e paz” não seja “maltratada”.

“Grandes confessores porque não sabem perdoar acabam como grande condenador. E quem é o grande acusador na Bíblia? O diabo!”, alertou Francisco.

Aos religiosos disse ainda que é preciso “um coração amplo” porque o perdão é “uma semente, uma carícia de Deus e é necessário ter confiança no seu perdão”.

Neste contexto, o Papa deu como exemplo os dois confessores capuchinhos – São Leopoldo e de São Pio, e frisou: “Ou desempenhas o ministério de Jesus que perdoa dando a vida, a oração, muitas horas sentado [confessionário] ou fazes como o diabo que condena e acusa”.

Nesta celebração na Basílica de São Pedro também participaram frades Capuchinhos da Província Portuguesa: os padres Luís Gonçalves; Manuel Arantes, João Santos Costa, Pedro Ferreira, Miguel Grilo e Maximilian (indonésio da missão portuguesa em Timor-Leste) e ainda o frei Antero Inácio.

Segundo o seu sítio online, os Franciscanos Capuchinhos estão em Portugal, “de maneira continuada, desde de 1932”, e atualmente têm sete fraternidades, em seis dioceses, em: Pínzio (Guarda); Barcelos (Braga); Porto e Gondomar (Porto); Fátima (Leiria-Fátima); Lisboa e Baixa da Banheira (Setúbal).

RV/CB

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Agência ECCLESIA

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