O número de ucranianos em Portugal era até há pouco tempo insignificante. Hoje representam o segundo maior grupo de imigrantes, logo após a comunidade brasileira. As primeiras dificuldades são superadas com a ajuda da comunidade. Nos dias de hoje sentem-se integrados na vida social, cultural e religiosa, mas sem nunca esquecer as suas raízes. Os salários miseráveis, o desemprego e o sonho de uma vida melhor conduziram sete milhões de ucranianos à emigração rumo a países mais industrializados da Europa e da América do Norte. Portugal continua a ser parte da escolha de muitos destes imigrantes de leste. A maioria está ligada à construção civil e à restauração apesar do elevado grau de escolaridade e qualificação académica. Quando chegam a Portugal, os ucranianos encontram uma cultura diferente, outras tradições e mentalidades, um clima muito diferente do habitual, e uma língua que lhes é muito estranha. A comunicação continua a ser a maior dificuldade, sendo os gestos a única solução nos primeiros tempos. No entanto, Portugal continua a ser um país de eleição para os ucranianos e muitos gostam de estar no país mais ocidental da Europa. A capelania dos ucranianos serve de ponte entre as culturas e a fé. Este apoio é fundamental em alturas de solidão e ajudam a superar as dificuldades. Segundo João Paulo II, os ucranianos são o segundo pulmão pela qual respira a Igreja de Cristo, devido às tradições da Igreja do oriente com ritos próprios. Por isso, hoje se explica a presença de sete sacerdotes greco católicos que prestam assistência aos ucranianos em todo o país. Os novos imigrantes caracterizam-se por uma língua diferente, mas também por uma cultura específica que imprime uma nova experiência eclesial. Este novo pede que se encare a imigração como uma riqueza para todos e não como um problema.