A capela de Nossa Senhora da Conceição, na Paróquia de Loulé, vai receber amanhã, Sexta feira, o prémio «Igreja Segura 2005», no valor de 15 mil Euros, relativo ao projecto «Igreja Segura», que visa juntar esforços no sentido de preservar e manter em segurança o património histórico e artístico da Igreja. Este é um prémio de “qualidade e excelência, atribuído à melhor candidatura” das igrejas piloto envolvidas, disse à Agência ECCLESIA Leonor Sá, a coordenadora deste projecto concebido pelo Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais (através do seu órgão constitutivo Museu e Arquivos Históricos de Polícia Judiciária), em parceria com diversas Entidades Públicas e Privadas. A candidatura vencedora, organizada pela Câmara Municipal de Loulé, obteve “nota máxima” em todos os critérios pedidos, “incluindo o do projecto cultural”, explicou Leonor Sá. O projecto apresentado prevê, “a publicação de uma banda desenhada, com conteúdo de apelo tipo, de emergência interna para igrejas”. Segundo esta responsável, esta publicação “vai permitir a qualquer igreja, mediante a inserção dos seus próprios conteúdos, passar a ter um modelo de emergência interna”. De acordo com o regulamento do concurso, a atribuição deste prémio monetário (15 mil Euros), apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, destina-se a ser empregue, “em parte, porque temos consciência que não é suficiente, nas melhorias que foram detectadas como necessárias e na implementação do projecto cultural”, comentou. Fraca adesão ao projecto Iniciado há cerca de três anos, o projecto «Igreja Segura» conta, actualmente, com a adesão de 13 dioceses e dessas há 11 «Igrejas Piloto» que se encontram em processo de diagnóstico e elaboração de relatórios nas áreas de segurança, conservação do património imóvel e móvel. “Estávamos à espera de maior adesão”, lamentou a coordenadora do projecto referindo que, sendo esta “uma ferramenta oferecida à Igreja”, era esperada uma “adesão mais entusiástica”. Porém, manifesta confiança no futuro, revelando o aumento verificado na procura de acções de formação, um dos três eixos principais deste projecto. “Temos vindo a ter mais pedidos, alguns até não tem sido possível responder por falta de tempo”. Para o final deste ano e início de 2007, está prevista a transformação destas acções, “num formato de acção de formação para formadores, o que “permitirá uma abrangência muito maior”, frisou. Este projecto que promove actividades em volta de três eixos principais (a exposição itnerante multimédia SOS Igreja; a criação de «Igrejas Piloto»; a pesquisa, estudo e acções de formação), visa, com o primeiro, procurar sensibilizar e informar, trabalhar no terreno, e por último sustentar os dois eixos anteriores, fornecendo ferramentas que permitam a manutenção do que foi feito”. Para aderirem ao Projecto Igreja Segura, as igrejas e outros edifícios religiosos deverão confirmar a adesão prévia da sua Diocese ou Misericórdia ao mesmo projecto, contactando depois o Museu e Arquivos Históricos de Polícia Judiciária, entidade coordenadora do Projecto. A apreciação das candidaturas será feita em conjunto com as entidades representantes da Igreja. A inscrição implicará um comprometimento, por parte do Responsável pela Igreja, em seguir os procedimentos e instruções explicitamente preconizados pelo mesmo Projecto, nomeadamente através dos manuais, tanto na componente da segurança como da conservação, e da coordenação da equipa de acompanhamento.