Presidente do Instituto Diocesano de Formação Cristão entrou no seminário no mês em que o futuro santo foi eleito Papa
Lisboa, 24 abr 2014 (Ecclesia) – O presidente do Instituto Diocesano de Formação Cristão, cónego António Janela, recorda que a sua entrada no seminário, em 1958, coincidiu com a eleição do Papa João XXIII, o que marcou a sua formação.
“A minha formação sacerdotal inicial foi feita na égide do Papa João XXIII, vivi com muito entusiasmo todas as suas oito encíclicas, ele notabilizou-se por elas e em especial pela ‘Mater et Magistra’ de 1961 e a ‘Pacem in Terris’ de 1963, que tiveram muito impacto na vida dos seminaristas e dos portugueses”, refere à Agência ECCLESIA.
O cónego António Janela recorda que entrou no Seminário dos Olivais em outubro de 1958, mês da eleição do Papa João XXIII, e recorda que “neste seminário ainda estava viva a lembrança da vinda do então cardeal, patriarca de Veneza, a Fátima em 1956, sendo que ele ficou hospedado ali perto e todos os recordavam como uma pessoa muito simpática”.
O presidente do Instituto Diocesano de Formação Cristão recorda por exemplo que a encíclica ‘Pacem in Terris’ foi, em Portugal, “censurada” porque “a palavra socialismo foi traduzida de uma forma que não fosse perturbadora”.
“João XXIII foi marcante pelo seu magistério e sobretudo pela sua maneira de ser”, sintetiza.
Quando João Paulo II foi eleito o cónego António Janela recorda “a importância que este tinha tido já como cardeal no Concílio Vaticano II”.
João Paulo II é eleito Papa 20 anos depois de o mesmo acontecer com João XXIII e é, na opinião do presidente do Instituto Diocesano de Formação Cristão, um Papa “grande” porque teve “um dos maiores pontificados do mundo da Igreja”, “um magistério fecundo em encíclicas e exortações apostólicas pós-sinodais” e sobretudo “um trabalho de evangelização muito importante presente nas 104 viagens que fez”.
O Papa Francisco presidiu no dia 30 de setembro de 2013 a um consistório ordinário público no Vaticano para aprovar as causas de canonização de João Paulo II e João XXIII, marcando a cerimónia para este domingo.
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