Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos falou de alguns processos em análise no Vaticano O Cardeal José Saraiva Martins afirmou que o processo de canonização dos Pastorinhos Francisco e Jacinta continua dependente de um milagre, depois das dificuldades surgidas na análise de uma cura em estudo no Vaticano. O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos referia-se ao caso apresentado pelos promotores da causa, a alegada cura de uma criança, filha de imigrantes portugueses na Suíça, que sofria de diabetes e precisou de insulina durante 1 ano, facto que se alterou completamente no dia 13 de Maio de 2000. “Foi apresentado um milagre, mas os médicos acharam que são se pode provar que se trata realmente de uma cura inexplicável à luz da ciência médica actual”, indicou, referindo ainda que “se os promotores da causa oferecerem novos esclarecimentos” “talvez os médicos afirmem que se trata de um verdadeiro milagre”. Beatificados em 2000, por João Paulo II, os dois Pastorinhos precisam de ver reconhecido pelo Vaticano um outro milagre para que se possa avançar para a sua canonização, de acordo com as normas jurídicas actualmente em vigor. “Oxalá que apareçam novos elementos que levem os médicos a mudar a sua posição e a dizer que se trata de um verdadeiro milagre”, acrescentou. Em relação ao processo da Irmã Lúcia, iniciado em Fevereiro passado e ainda numa fase diocesana, o Cardeal português deixou votos “para que tudo proceda com rapidez, para que também a Lúcia, se houver um milagre, possa ser levada às honras dos alteres”. Para este responsável, a única estratégia é invocar a intercessão da Vidente para que surja esse milagre: “Seria bom exortar os fiéis a invocarem a intercessão da Lúcia”. Próximo Santo Reafirmando o que já tem revelado noutras ocasiões, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos disse que o processo de canonização do Beato Nuno de Santa Maria “está acorrer muito bem”. “Os médicos já examinaram a cura considerada como milagrosa, deram um parecer positivo, mas há outros passos a dar”, assinalou. “Eu, pessoalmente, estou muito optimista”, disse este responsável.