Campos de concentração «nunca mais»

A Santa Sé pediu que a humanidade aprenda com os erros da II Guerra Mundial e diga “nunca mais” aos crimes praticados nos campos de concentração nazi. “Nesta oportunidade solene, lembramos as vítimas de uma visão política desumana, baseada numa ideologia extremista”, disse o Núncio Celestino Migliore na 28ª sessão especial da Assembleia-Geral da ONU, para assinalar o 60º aniversário da libertação dos campos de concentração nazi durante a II Guerra Mundial, como foi o caso de Auschwitz, na Polónia. Segundo o observador permanente da Santa Sé, a humanidade não pode esquecer quais são as “consequências da intolerância”. “Os que eram considerados desadequados para a sociedade – judeus, eslavos, ciganos, deficientes e homossexuais entre outros – foram assinalados para a exterminação. Os que se opunham ao regime nazi, por palavras e actos, pagaram-no com as suas vidas”, lembrou. Na sua visita ao campo de Auschwitz em 1979, João Paulo II assinalou que o grito das pessoas martirizadas “deve mudar o mundo para melhor”. Ao recordar este episódio, D. Migliore vincou que a humanidade “não pode esquecer o terror de que o homem é capaz, nem os males de uma política extremista arrogante”. O representante do Papa condenou ainda, de forma explícita, “o plano deliberado e sem precedentes de exterminar sistematicamente o povo Judeu”. “A Santa Sé tem lembrado, em numerosas ocasiões, os sofrimentos dos Judeus no crime conhecido como Shoah. Acontecido durante um dos capítulos mais negros do século XX, permanece como uma nódoa vergonhosa na história da humanidade e na consciência de todos”, concluiu.

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