Iniciativa dos Missionários da Consolata anima quinze jovens para a missão dentro e fora de portas Depois da Figueira da Foz, os jovens missionários da Consolata mudam-se para Albufeira, para um novo campo de trabalho, que teve o seu início no passado dia 26 de Agosto e até ao dia 2 de Setembro vai ocupar 15 missionários. Tarefas domésticas, orações, animação de uma tenda montada no centro de Albufeira são algumas das ocupações destes jovens que optaram não por praia, mas por uma nova forma de evangelização. “É um trabalho para apoiar os pobres”, explica à Agência ECCLESIA o Pe. Silvanus Stock, também um missionário natural da Tanzânia, há seis anos em Portugal. Está em Albufeira a animar o Campo de Trabalho Missionário, mas já conheceu o Porto como sua morada e está neste momento em Fátima, há sete meses, onde formou um grupo de jovens. Na base desta iniciativa está a ajuda à Escola Secundária de Karare, no Quénia. “Apresentamos o nosso projecto e falamos da urgência geral que África atravessa. Quisemos apresentar caminhos alternativos de renuncia a favor de uma causa, que dará alegria e vida noutro local. Motivar os jovens para seguir Cristo implica renuncia, sacrifício mas sobretudo fazer algo concreto”, explica o sacerdote. Bancos, camas, mesas e outro material essencial é o que se pretende adquirir para ajudar na infra estrutura da Escola de forma a realizar a sua missão, numa estimativa de cerca de 5 mil euros. O desafio foi assim lançado aos jovens, para que através da venda de t-shirts e água, sobretudo, angariassem o financiamento. Montada na Avenida da Liberdade, a tenda é o local de animação com músicas populares, de abordagem das pessoas, de venda de t-shirts, de garrafas de água ou fitas de pen drive. A tenda serve para que “as pessoas visitem e ofereçam água para que depois a possamos vender”, explica o Pe. Silvanus Stock, mas há ainda canetas e lápis e fitas para levar as chaves. A animação é a aposta garantida pelos jovens vindos de Barcelos, do Cacem e também de albufeira que se quiseram juntar nesta sensibilização, e ainda dois sacerdotes e uma religiosa. Nas ruas vive-se o espírito da nova evangelização com muitos jovens que são “sinal mas que deve conduzir a algo mais”, aponta o sacerdote que sublinha pode levar as pessoas à missão e ao “contacto directo com aos africanos locais”. Ouvir testemunhos de outros missionários que estiveram em diversos locais são também outros motivos para que o entusiasmo não falte. “Partilham-se histórias de missão e de vidas como missionário da Consolata”, explica o Pe. Silvanus Stock. Hoje mesmo o Pe. Norberto Louro, Superior Geral do Instituto Missionário da Consolata vai partilhar uma formação. O Missionário da Tanzânia explica que não é preciso apanhar os jovens mas “sensibilizar as famílias e assim criar uma sintonia” mostrando que esta é uma “verdadeira missão e um verdadeiro caminho”.