Caminhos Marianos, um roteiro que liga Portugal

Lisboa, 20 ago 2013 (Ecclesia) – Marco Daniel, com o apoio do Turismo de Portugal, escreveu um roteiro sobre os caminhos Marianos onde turismo, culto e cultura se misturam e difundem de norte a sul do país.

Para o turismo religioso “uma ação cultual, que tem um sentido meramente religioso, passa a ser também cultural”, assinala o diretor do Museu do Santuário de Fátima, e, por isso, deve ser divulgado e potenciado como produto “com muito potencial”.

Marco Daniel começou por explicar no programa ECCLESIA, que para este projeto ‘Caminhos de Fé’, do Turismo de Portugal, foi solicitada ajuda nos conteúdos ao Secretariado dos Bens Culturais da Igreja.[[v,d,4123,Entrevista com Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima]]

Fazer o mapeamento de todas as expressões marianas nacionais significa ter um mapa ponteado “a negro” porque “a relação que existe entre os portugueses e o culto mariano é umbilical e vem desde o início de Portugal”, desenvolve.

O autor descreveu que todos os contextos históricos de Portugal tiveram uma evocação mariana como D. Afonso Henriques com a Senhora da Oliveira em Guimarães; D. João I com Santa Maria da Vitória na Batalha ou D. João IV com a Imaculada Conceição de Vila Viçosa.

O roteiro, que estará brevemente disponível, apresenta mais de 70 caminhos marianos e faz referência a muitos outros, “o número subirá acima da centena”.

Os peregrinos cultuais e culturais podem fazer o seu percurso por regiões e visitar os lugares apresentados mesmo que não seja no dia da sua festa porque “o roteiro prevê que encontrem o lugar sem ser em dia festivo”.

Desta forma, os visitantes vão poder conhecer a evocação mariana celebrada, interpretar as obras de arte, “o percurso artístico” para além de “algumas notas” sobre a forma de cultuar, “que variam de região para região e de santuário para santuário”, informa o autor que acrescentou notas sobre a “antropologia da festa, do canto e das manifestações populares”.

Os itinerários para Fátima também estão presentes afinal este santuário é “uma peça fundamental” porque “cruzam-se os caminheiros, os peregrinos cultuais mas também os forasteiros da cultura” que apreciam as várias manifestações de arte.

Neste roteiro, que apresenta um país em torno da Virgem Maria, podem ser descobertas e interpretadas as manifestações desde a “Idade Média até às que são mais decoradas e quase cenograficamente criadas”.

Ou seja, desde a prática da caridade com o bodo, aos andores de vários metros de altura ou celebrações de Fátima “embora tenham sido espontâneas, são mais ligadas à contemporaneidade”, destaca Marco Daniel.

Como acontece em inúmeros lugares do mundo a dedicação de igrejas a Nossa Senhora é constante e “Portugal não é exceção”.

Por exemplo, “à exceção de Castelo Branco, todas as catedrais portuguesas são dedicadas a Santa Maria o que explica esta relação filial especial”, conclui o diretor do Museu do Santuário de Fátima.

PR/CB

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