Calor e fé a caminho de Fátima

Das seis etapas programadas em direcção ao Santuário de Fátima, três já foram cumpridas. Referimo-nos aos cerca de 500 peregrinos que partiram de Paredes (Porto) no passado dia 6 de Maio e chegarão àquele santuário mariano no próximo dia 11. Promovida pela Obra de Caridade ao Doente e Paralítico (OCDP), esta peregrinação “ainda não teve baixas” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Feliciano Garcês. Apesar do calor, “noto que as pessoas ainda não estão cansadas”. E acrescenta: “a motivação é cada vez maior”.A caminhada é longa e penosa mas “a fé das pessoas é grande”. Desistir não entra no léxico daqueles peregrinos. “Ontem, uma senhora recebeu um telefonema do marido a dizer-lhe que a casa foi assaltada. Ficou aborrecida mas não desistiu” – frisou aquele sacerdote Dehoniano. A comitiva é extensa. Para além dos peregrinos “temos também 92 voluntários” e “algumas dezenas de carros de apoio”. Os peregrinos de Paredes estão identificados com coletes – tipo Brigada de Trânsito – numerados e com as letras OCDP – Paredes. Antes da partida, a peregrinação foi programada ao pormenor. “Várias reuniões para preparar este acto de fé” – disse o Pe. Feliciano Garcês. Aos peregrinos foi distribuído uma folha explicativa onde “recomendávamos para caminharem dois a dois; o cuidado a ter com o calçado e a roupa; a melhor forma de se alimentarem e terem sempre uma pequena mochila à mão”. A peregrinação “não pode ser confundida com um passeio”. Com momentos específicos de oração e meditação, os peregrinos – declarou o sacerdote – “caminham em diálogo e oração”. No final de cada dia, os «caminhantes da fé» “participam na missa e no terço”. A fé toca no coração do povo. “Uma senhora não se confessava há 34 anos e confessou-se” – afirma. Em relação à média de idades deste grupo, o Pe. Feliciano frisou convictamente “é uma surpresa”. E lá adiantou: “ronda os trinta anos”. Ao nível de motivações, o sacerdote Dehoniano salienta que, actualmente, “as pessoas vão a Fátima para agradecer e não para pedir”. Outrora, a expressão «pagar uma promessa» era muito utilizada. “Oiço com frequência: vou por uma atitude de acção de graças”. Com cerca de 30 enfermeiros e uma ambulância, os peregrinos de Paredes sentem-se acompanhados. “Uma peregrinação bem organizada onde são distribuídas cerca de 4000 mil refeições diárias” – disse. Ainda faltam muitos quilómetros mas “estes peregrinos merecem a satisfação da chegada”.

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