Calma marca eleições em Moçambique

A calma marcou as eleições desta Quarta-feira, em Moçambique, em que os cidadãos do país foram chamados a escolher, para os próximos cinco anos, o novo Presidente da República, os 250 deputados da Assembleia da República e os 800 membros das 10 assembleias provinciais (Maputo tem um estatuto especial).

A agência Fides, do Vaticano, cita fontes fontes da Igreja local, assinalando que todas as igrejas do país e diversas organizações de relevo em Moçambique se empenharam numa campanha para demonstrar a importância do voto. Anteontem à noite, por exemplo, a televisão transmitiu um apelo de D. Francisco Chimono, arcebispo de Maputo, aos eleitores.

Os bispos, em carta pastoral publicada no ano passado, tinham dirigido um forte apelo à participação eleitoral, que repetiram no comunicado final da sua assembleia plenária de Abril de 2009.

Os três candidatos presidenciais são Armando Guebuza, actual chefe de Estado e candidato da FRELIMO, partido no poder desde a independência do país em 1975, Afonso Dhlakama, da RENAMO, maior partido da oposição, e Daviz Simango, presidente do município da Beira e líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), fundado em Março deste ano.

Apesar de os resultados oficiais só deverem ser anunciados dentro de dois dias, a imprensa Moçambicana desta Quinta-feira aponta a FRELIMO como vencedora das eleições gerais. O partido liderado por Armando Guebuza deverá manter a sua hegemonia política intocada.

O MDC e outros partidos lamentaram a exclusão de seus candidatos em diversas circunscrições eleitorais, por motivos burocráticos. “Segundo a comissão eleitoral, estes partidos não apresentaram toda a documentação requerida para apresentar os próprios candidatos em diversas circunscrições. Os partidos penalizados respondem que na comissão estão apenas representantes do FRELIMO e da RENAMO, que se juntaram para prejudicar as outras formações políticas”, indicam as fontes citadas pela Fides.

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Agência ECCLESIA

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