Burquina-Faso: País em «choque» depois de atentado terrorista

Ataque reivindicado por grupo da Al Qaeda matou 29 pessoas, incluindo um português

Cidade do Vaticano, 18 jan 2016 (Ecclesia) – O diretor das Obras Pontifícias Missionárias no Burquina-Faso diz que o país está em “choque” na sequência do atentado de dia 15 de janeiro, que custou a vida a 29 pessoas, incluindo um português.

Em declarações à Agência Fides, o padre Oscar Zoungrana recorda que a nação africana nunca tinha estado envolvida num episódio tão sangrento e por isso tudo surgiu como “uma grande surpresa”.

“As pessoas rezam nas Igrejas pela paz”, realça o sacerdote.

O atentado terrorista da última sexta-feira, contra um hotel e um restaurante frequentados habitualmente por funcionários das Nações Unidas, foi reivindicado por um grupo da Al Qaeda no Magrebe Islâmico.

Este ataque aconteceu numa altura em que o Burquina-Faso vive uma fase de transição, com a eleição de um novo presidente, Roch Marc Christian Kaboré, depois da queda do antigo chefe de Estado, Blaise Campaoré.

Entre as vítimas, confirmou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, está um homem de nacionalidade portuguesa, António Basto, casado com uma cidadã francesa, pai de quatro filhos, com 52 anos de idade.

Segundo o padre Oscar Zoungrana, a intenção dos terroristas não terá sido “desestabilizar o país, mas fazer dos estrangeiros alvos para bloquear a cooperação entre os países africanos, como o Burquina-Faso e o Mali, e a Europa e as instituições internacionais”.

Além de três dias de luto nacional, o novo governo, que tomou posse este sábado, decidiu também prolongar o recolher obrigatório estabelecido após o atentado, pelo menos até que estejam concluídas todas as investigações.

JCP

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