Celebração do Dia Mundial dos migrantes e refugiados com apelos à hospitalidade para com os estrangeiros
Fátima, Santarém, 16 Jan (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, D. António Vitalino, lembrou hoje as vítimas das cheias na região serrana do Rio de Janeiro, que já provocaram mais de 620 mortes.
“Daqui saúdo esses irmãos que sofrem”, disse, na homilia da celebração que assinalou, em Fátima, o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que contou com a presença de alguns imigrantes brasileiros, exprimindo a “oração e solidariedade” da Igreja Católica em Portugal.
Segundo este responsável, os católicos são chamados à partilha com “os pobres e vítimas de tragédias, como agora está a acontecer nesse grande país irmão, no Brasil”.
O bispo de Beja apelou ao “acolhimento e hospitalidade” para com quem chega de outras paragens, “com especial atenção” aos estudantes estrangeiros.
Partindo do tema escolhido por Bento XVI para esta celebração, «Uma só família humana», D. António Vitalino referiu que “esta verdade” se manifesta de “muitos modos, no sentir das alegrias e tristezas dos nossos semelhantes”.
D. António Vitalino sustentou que “a crise presente e outras que virão” devem levar a “preparar o futuro através de uma conversão à verdadeira fraternidade, que se exprimiu em Jesus Cristo”.
O prelado quis também aludir à próxima semana de oração pela unidade dos cristãos, que se inicia a 18 de Janeiro, afirmando que “Jesus Cristo a todos quer unir e quer salvar, a todos quer fazer uma só família humana”.
“O testemunho da unidade é necessário para dar credibilidade à nossa fé, para que ela tenha força e impacto no nosso tempo, nesta sociedade agitada, submersa no materialismo e nos prazeres do corpo, no consumismo, na satisfação de instintos desenfreados, sem respeito pela dignidade do nosso próximo”, alertou.
A celebração, na igreja da Santíssima Trindade, marcou o final do XI Encontro de Formação de Agentes Sócio Pastorais das Migrações, que decorreu em Fátima, de 14 a 16 de Janeiro.
A iniciativa, que reuniu cerca de uma centena de pessoas, foi uma organização da Agência ECCLESIA, Cáritas Portuguesa e Obra Católica Portuguesa de Migrações, tendo contado com a presença de D. Antonio Maria Vegliò, presidente do Conselho Pontifício para os Migrantes e Refugiados, do Vaticano.
OC