Brasil/ Rio de Janeiro: Arquidiocese anuncia abertura processo beatificação de seminarista surfista

Rio de Janeiro, Brasil, 19 jan 2015 (Ecclesia) – A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, no Brasil, revelou que foi aberto o processo de canonização de Guido França Schäffer, médico de formação e seminarista que faleceu aos 34 anos enquanto praticava surf.

“Guido dizia que é da adoração que nasce o amor aos mais pobres e aos irmãos. E dessa adoração que ele fazia brotava aquele amor que ele tinha pelas pessoas”, explicou Maria França Schäffer, mãe do seminarista surfista.

Guido França Schäffer faria 41 anos em 2015 e segundo a informação no sítio online da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro desde “muito novo” seguiu o caminho de Deus.

Hoje, realiza-se o lançamento do livro sobre o seminarista surfista da autoria do  padre Jorjão e Alexandre Pinheiro, na Paróquia Nossa Senhora de Copacabana, às 20h00 locais.

Esta terça-feira, realiza-se uma Eucaristia de apresentação dos restos mortais de Guido França Schäffer e transladação da Paróquia São Sebastião, na Tijuca, para a Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, a partir das 10h00 locais.

“Filho de católicos fervorosos, ele foi incentivado desde pequeno a participar nas atividades da Igreja. Rezava diariamente o Ofício da Imaculada Conceição e fazia sempre adoração ao Santíssimo Sacramento. O Terço de Nossa Senhora era um de seus melhores amigos”, acrescenta a notícia.

Praticante de surf como passatempo, formou-se em medicina e dedicou-se a ajudar as irmãs Missionárias da Caridade no cuidado aos sem-abrigo: “Isso fez com que ele descobrisse sua verdadeira vocação”, acrescenta a informação.

Maria França Schäffer assinalou que o filho, Guido França Schäffer, era um jovem de “oração e de contemplação inaciana” e inspirado pelo Evangelho do jovem que é convidado a vender tudo para seguir Jesus, e sem nada em seu nome, “sentiu que Jesus estava a convidá-lo a doar sua medicina”.

“Ele já trabalhava na santa casa da misericórdia e quando viu uma irmã Missionária da Caridade colocou seus dons ao serviço”, acrescentou.

Segundo a informação partilhada pela arquidiocese, o túmulo de Guido França Schäffer “sempre foi muito visitado” e foi pela aclamação popular que a Igreja do Rio de Janeiro decidiu fazer o pedido de abertura do processo para o estudo da sua vida e comprovação de possíveis milagres.

Neste caminho de descoberta, aos 28 anos começou a estudar filosofia, no Mosteiro de São Bento, aconselhado por D. Karl Josef Romer.

“Inspira os jovens, mostra que todos podem ser santos e que a atitude de santidade é parte do quotidiano”, considera D. Roberto Lopes, vigário episcopal para a Vida Consagrada e delegado arquidiocesano na causa de beatificação do seminarista surfista.

“É uma figura marcante, pela primeira vez a Igreja pode ter um santo que sustenta ao lado uma prancha de surf”, observou.

Na biografia escrita por Manuel Arouca sobre a vida de Guido Schäffer, este foi definido como “anjo surfista”.

“Todo o escritor gosta de escrever sobre a história de um personagem que faz diferença, e o Guido Schäffer fez a diferença. Impressionante como todas as pessoas que cruzaram com ele foram tocadas para sempre. Como se ele fosse um raio de luz, um anjo vivo, uma verdadeira bênção de Deus”, afirmou o escritor.

ARJ/CB

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