A probreza continua a diminuir no Brasil, devendo atingir este ano os 24,1 por cento, enquanto a classe média representa já 52 por cento da população activa, revelam estudos hoje divulgados. Um estudo do Instituto de Pesquisa Económica Aplicada indicou que a taxa de pobreza, que era de 35 por cento em 2003, prosseguiu a tendência e deve baixar no final deste ano para os 24,1 por cento. Os números referem-se às seis maiores regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador da Baía, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre), que concentram a maior parte da população (25 por cento) e dos empregos do país, bem como dois quintos do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o estudo, cerca de quatro milhões de pessoas superaram a linha da pobreza entre 2002 e 2008 nas seis cidades estudadas e ingressaram na classe média emergente. O organismo estatal atribuiu a redução da pobreza ao crescimento da economia (5,4 por cento no ano passado), ao aumento do emprego e aos programas sociais lançados por Luiz Inácio Lula da Silva desde que assumiu a Presidência, em 2003. Os programas distribuem subsídios a cerca de 11 milhões de famílias pobres para ajudá-las a melhorar o seu rendimento. O estudo considerou como estando abaixo da linha da pobreza as pessoas com um rendimento ‘per capita’ igual ou inferior a meio salário mínimo, ou seja 207,50 reais (cerca de 85 euros). Os indigentes (6,6 por cento da população) foram definidos como os que recebem valores mensais inferiores a um quarto do salário mínimo. A percentagem da população considerada rica (com rendimentos mensais superiores a 16.600 reais ou 6.800 euros) caiu de um por cento em 2003, para 0,8 por cento em 2008, embora o número de ricos tenha aumentado em termos nominais. Na classe média foram incluídas pessoas com rendimentos mensais entre os 1.064 e os 4.951 reais (436 e 2.000 euros respectivamente). Redacção/Lusa
