Cidade de São Paulo assiste este sábado à cerimónia de beatificação de missionária italiana
Cidade do Vaticano, 24 out 2014 (Ecclesia) – O perfeito da Congregação para a Causa dos Santos, que vai presidir à cerimónia de beatificação da irmã Maria Assunta Marchetti, mais conhecida como madre Assunta, destacou a vida dedicada ao “serviço dos órfãos, pobres e doentes”.
"Encontrou no Brasil a sua pátria espiritual, a caridade, imensa, sacrificada, materna. A graça do Senhor transformou-a em mãe acolhedora e generosa dos órfãos tristes, doentes abandonados, pobres sem futuro, todos a precisar de um acolhimento amoroso e de um sorriso de alegria", disse o cardeal Angelo Amato, sobre beatificação de Madre Assunta,
A religiosa das Missionárias de São Carlos Borromeo-Scalabrinianas, missionária italiana, nasceu em Lombrici de Camaiore, na província de Lucca, em agosto de 1871.
Foi a terceira de 11 filhos partiu com a mãe para o Brasil e chegou a São Paulo a 30 de novembro de 1895.
O cardeal Angelo Amato destaca que o apostolado da futura beata era “sustentado por uma inabalável confiança na presença de Deus” que cuidaria também dos seus filhos que movidos pela necessidade “abandonam a pátria e afetos para emigrar a terras longínquas à procura de um futuro mais sereno e mais digno”.
“A sua dedicação era sustentada por uma caridade que abria brechas no coração dos pequenos e dos grandes”, observou o prelado.
O cardeal que vai presidir à cerimónia de beatificação da irmã Maria Assunta Marchetti, este sábado em São Paulo, recordou que frequentemente “as pessoas não encontravam as palavras justas para expressar a grandeza do amor” da religiosa que todos tratavam carinhosamente com “mãezinha”.
O perfeito da Congregação para a Causa dos Santos destaca ainda que a madre Assunta foi durante algum tempo Superiora Geral do Instituto das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu mas o seu serviço desenvolveu-se sobretudo “nas várias atividades caritativas” ao serviço dos outros.
“O peso da idade e uma dolorosa enfermidade no pé enfraqueceram pouco a pouco a sua saúde”, acrescentou sobre a religiosa que morreu no dia 1 de julho de 1948, no Orfanato de Vila Prudente.
À rádio Vaticano, o cardeal Angelo Amato destacou que a madre Assunta deixou como herança o convite “à caridade” que “inclui a exortação à humildade, à pobreza, à alegria”.
RV/CB