Brasil: «Ficha Limpa» defendida pela Igreja

 

O arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta emitiu hoje, dia 8, um comunicado em que lamenta os problemas que estão a ser criados, para a aplicação da Lei Ficha Limpa.

 Este mecanismo legal prevê que políticos que tenham sido condenados pela justiça não podem concorrer às próximas eleições, que se realizam em Outubro.

Segundo a agência ZENIT, aquele responsável diz ser «inegável que o referido diploma legal tem vindo a ser questionado na justiça, por diversos sectores da sociedade e também por candidatos».

A lei foi aprovada no dia 16 de Junho, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), numa decisão que não foi pacífica. O documento não reunia consenso junto da bancada política, tendo passado graças à pressão popular.

D. Orani Tempesta aplaude a acção das pessoas mas diz que é preciso algo mais. «Não basta votar nos candidatos que tenham a ficha limpa», afirma. O arcebispo pede mais atenção, por parte das pessoas, às mensagens dos candidatos, em áreas como a família, a moral e o matrimónio.

O arcebispo do Rio de Janeiro espera que a Lei da Ficha Limpa possa começar já a ser aplicada, «algo que iria de encontro aos anseios da população, que está desejosa de ver o país a andar nos caminhos da justiça e do progresso».

 De acordo com números veiculados pelo TSE, cerca de 134 milhões de eleitores vão participar nas eleições brasileiras de 3 de Outubro.

No que diz respeito aos candidatos, terminado o período de inscrições, foram registadas, entre outras, 9 candidaturas para presidente da República, 182 para governador e 288 para senador.

Estes números, segundo o TSE, poderão ser sujeitos a alterações, porque ainda estão a ser analisados os processos de impugnação, baseados na Lei Ficha Limpa.

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