Arcebispo do Rio aborda irregularidades que abalam o país e que já envolvem membros do Governo de Michel Temer
Rádio Vaticano, 05 dez 2016 (Ecclesia) – O arcebispo do Rio de Janeiro diz que é preciso criar no país “um cultura contra a corrupção”, que possa contrariar casos como os que têm envolvido figuras políticas e do Governo no país.
Em entrevista à Rádio Vaticano, D. Orani Tempesta referiu que o momento atual do Brasil requer “discussão e aprofundamento”, depois do rebentar de casos como os da ‘Operação Lava Jato’ e da deposição da anterior presidente brasileira, Dilma Rousseff.
Numa altura em que estão em discussão as medidas a implementar contra a corrupção, o responsável católico frisa que “sem dúvida a legislação é importante e necessária” mas no entanto é fundamental “antes de mais nada criar uma cultura contra a corrupção” e apostar numa “educação” para os “valores”.
Um trabalho que envolva não só “a educação formal” mas “a comunicação social e a família”, que molde o “caráter” das pessoas e as leve a fazer “o bem”.
Porque a corrupção que hoje se observa na política também é visível “em casa”, no ambiente de cada um, lembra o arcebispo do Rio de Janeiro.
D. Orani Tempesta salienta ainda a importância de “corrigir exemplarmente” aqueles que procederam mal.
Este domingo, milhares de pessoas sairam à rua, um pouco por todo o país, em protesto contra a corrupção, depois de terem sido aprovadas alterações ao pacote anticorrupção preparado pelo Governo.
As populações temem que investigações como a ‘Operação Lava Jato’, que envolve a empresa estatal Petrobras, não sigam até ao fim com a detenção e julgamento de todas as partes envolvidas.
Recorde-se que recentemente as denúncias de corrupção tocaram também seis ministros escolhidos pelo atual presidente brasileiro, Michel Temer.
JCP