Situações de tráfico humano e falta de condições preocupam na fronteira com a Venezuela
Brasília, 15 mar 2018 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano, dos bispos do Brasil, visitou emigrantes na fronteira com a Venezuela e alerta para situações graves de violação de direitos humanos e falta de políticas públicas básicas.
“Esse cenário tão desolador nos interpela para ações e posicionamentos pessoais e coletivos de acolhida, solidariedade e incidência política de forma articulada em âmbito local, estadual e nacional”, escreveu o presidente da comissão, D. Enemésio Lazzaris.
A missão ‘Fronteiras Brasil/Venezuela’ foi uma visita de reconhecimento da Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano às cidades de Boa Vista e Pacaraima, no Estado de Roraima.
D. Enemésio Lazzaris, após a viagem, escreveu uma carta aberta à sociedade brasileira onde pede às Igrejas e à sociedade uma maior solicitude com os irmãos e irmãs imigrantes e refugiados.
O grupo viu situações “graves de violação de direitos humanos” e falta de políticas públicas básicas como “alimentação, saúde, higiene, segurança, educação”, informam os bispos brasileiros no seu sítio online.
A comissão especial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil visitou abrigos dos indígenas em Pacaraima e esteve com a Polícia Federal, com a governadora do Estado e com organizações da Sociedade Civil, em Boa Vista, cidades do Estado de Roraima.
Durante a missão ‘Fronteiras Brasil/Venezuela’ estiveram também num espaço onde são oferecidas 900 refeições numa ação intitulada o “café fraterno”, promovida pela Paróquia Sagrado Coração de Jesus.
“Reconhecemos e agradecemos a grandeza de espírito das muitas pessoas que, sensíveis às dores desses nossos irmãos e irmãs imigrantes e refugiados, já estão dando sua contribuição”, escreveu o prelado.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano realçou ainda que a Palavra de Deus, ao afirmar que “‘somos todos irmãos e irmãs’ impele” a viver “a fraternidade como caminho de superação de todas as violências e desigualdades”.
CB