Brasil: Bispos lembram importância dos transplantes de órgãos

Mensagem faz parte da ‘Campanha Fraternidade’

Brasília, Brasil, 08 mar 2014 (Ecclesia) – O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, explica que ao abordar o tráfico humano os bispos do Brasil querem também reforçar “a importância dos transplantes de órgãos que salvam milhares de vidas.”

“Ao abordarmos o tráfico humano lembramos a importância dos transplantes de órgãos que salvam milhares de vidas todos os anos, em todo o mundo” e “ao combatermos todos os modos de tráfico humano lembramos que a doação de órgãos é sinónimo de esperança de vida! Ela é apoiada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil”, escreve.

O também bispo auxiliar de Brasília cita João Paulo II que disse que “a doação de órgãos é o maior gesto de amor ao próximo que pode ser feito por todos nós.”

“A vida humana é um dom e cada pessoa é um filho ou uma filha de Deus, estamos sempre a tentar salvar a vida de pessoas”, por isso “órgãos e tecidos não podem ser comprados nem vendidos e só podem ser doados de forma livre, generosa e altruísta”, sublinha Dom Leonardo Steiner.

“Qualquer tipo de comércio de órgãos é proibido por lei”, alerta o prelado que escreve ainda que “a doação entre pessoas vivas apenas pode ser feita nos casos de parentes próximos e depois da morte, as famílias precisam de autorizar as doações e, apenas dessa forma, os transplantes poderão ser realizados”.

O secretário-geral da CNBB recorda que “o progresso da medicina tem salvo pessoas através do transplante de órgãos” e que “a fila de espera para um transplante que possa salvar uma vida é grande” por isso incita as famílias a falar “sobre a decisão de ser um doador, pois, por inúmeras vezes, a família deixa de autorizar a doação, por não conhecer o desejo do seu ente querido”.

A ‘Campanha Fraternidade’ foi lançada na quarta-feira no Brasil pela CNBB e tem como tema ‘Fraternidade e Tráfico Humano – É para a liberdade que Cristo nos libertou’.

O Papa Francisco escreveu uma mensagem aos brasileiros a propósito desta campanha onde afirma que “a pessoa humana não se deveria vender e comprar como uma mercadoria” e que “quem a usa e explora, mesmo indiretamente, torna-se cúmplice desta prepotência”.

“Há necessidade de um profundo exame de consciência: quantas vezes toleramos que um ser humano seja considerado um objeto, exposto para vender ou para satisfazer desejos imorais?”, questionou Francisco na mensagem enviada aos fiéis brasileiros a propósito da ‘Campanha Fraternidade’.

MD

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