Igreja Católica no país está a promover uma semana nacional dedicada a esta «instituição» da sociedade
Brasília 13 ago 2019 (Ecclesia) – A Igreja Católica no Brasil diz que é preciso testemunhar e defender o valor da família, numa época marcada por “ideologias que colocam em xeque a compreensão desta instituição”.
Numa vídeo-mensagem publicada online, D.Walmor Oliveira, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recorda que a família é a “célula originária da sociedade” e “a primeira escola de amor, onde se aprende a viver em fraternidade com o outro”.
O também arcebispo de Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, frisa ainda que é na família “que se aprende em primeiro lugar, e de maneira determinante, os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência pacífica e construtiva”.
“É preciso cuidar muito, cuidar bem da família”, salienta aquele responsável, que apela a todas as comunidades para que saibam cuidar e valorizar este bem a todos os níveis.
A CNBB está a promover desde o último domingo a Semana Nacional da Família, subordinada ao tema ‘A família, como vai?’.
Até ao próximo sábado, dia 17 de agosto, o objetivo é também refletir sobre os desafios atuais daquele que é o primeiro espaço de formação na sociedade, através de momentos de debate, de partilha de experiências e de oração.
“Que se busque, junto das comunidades de fé, desenvolver que contribuam para fortalecer a instituição familiar”, exorta D.Walmor Oliveira, que considera esta semana nacional “uma oportunidade de ouro para agir a partir desta interpelação”.
“Jesus, que tudo pode, é Rei do Universo, Filho de Deus, escolheu nascer pobre, entre os pobres, longe de qualquer conforto ou comodidade, mas escolheu nascer numa família. O Mestre mostra assim o que de facto importa, o amor que se vive no contexto familiar, a primeira escola de cada pessoa”, acrescenta.
A Semana Nacional da Família no Brasil tem presente de modo particular as dificuldades por que passam hoje muitos casais, feridos por situações de conflito e rutura, e em consequência muitos filhos que são obrigados a viver o contexto dramática da separação.
“Uma multidão de órfãos, filhos de pais vivos”, destaca D. Jaime Spengler, vice-presidente da CNBB, que aponta para o ambiente depreciativo que rodeia a família.
Para aquele responsável, numa época em que “somos desafiados por ideologias que colocam em xeque a nossa compreensão da instituição familiar” é fundamental “dar testemunho do que representa constituir e promover uma família”.
Recorde-se que o Papa Francisco, na sua intenção de oração para o mês de agosto, pede para rezar pelas famílias para que estas se possam tornar “escolas de crescimento humano”, uma vez que as famílias são “o melhor legado possível” para deixar ao mundo.
JCP