Governo federal e governos estaduais são acusados de «inércia»
Brasilia, 28 nov 2013 (Ecclesia) – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou a nota ‘Povos Indígenas e Agricultores’, onde se mostra solidária com a “angústia” destes na resolução de “conflitos fundiários”.
“O momento é crítico e exige urgente e efetiva ação por parte do governo brasileiro em defesa da vida, da justiça e da paz entre indígenas e agricultores no país”, considera o Conselho Episcopal Pastoral da CNBB, na nota divulgada esta quarta-feira em Brasília.
A CNBB une-se “à angústia dos povos indígenas e agricultores diante da inércia do governo federal e dos respetivos governos estaduais em solucionar verdadeira e definitivamente os crescentes conflitos fundiários”.
Segundo os bispos brasileiros, existem duas soluções para esta situação: “O reconhecimento do direito histórico e constitucional dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais, bem como, pelo reconhecimento dos títulos de terra denominados de boa-fé”.
Para o Conselho Episcopal Pastoral da CNBB “não é aceitável” a posição do governo federal e dos governos estaduais em “impedir e protelar a solução desses problemas” porque “potencializa a insegurança, as angústias e os riscos de conflitos entre indígenas e agricultores.
Nesta situação os prelados consideram que tanto os povos indígenas como os agricultores são “vítimas de um modelo equivocado de ocupação do território brasileiro”.
“A Igreja e seus ministros têm compromisso de evangelização e de pastoral com indígenas e agricultores. Neste compromisso, se colocam a serviço da vida plena”, lê-se na nota oficial da CNBB.
CB/OC
