Brasil: Bispos apoiam manifestações pacíficas

Conselho Permanente da CNBB afirma que «nada justifica a violência»

Brasília, 22 jun 2013 (Ecclesia) – Os bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), manifestaram esta sexta-feira “solidariedade e apoio” às manifestações no país, “desde que pacíficas”.

Num comunicado publicado na página da internet da CNBB, os bispo do Conselho Permanente afirmam que a mobilização de “gente de todas as idades, sobretudo os jovens” envolvendo “todo o povo brasileiro” desafia uma “nova consciência” e ao combate às desigualdades.

“Nascidas de maneira livre e espontânea a partir das redes sociais, as mobilizações questionam-nos e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos”, afirma o comunicado.

Para os bispos brasileiros que assinam este documento, as manifestações em curso despertam para “uma nova consciência” capaz de construir uma “sociedade justa e fraterna”, “gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública” e “denunciam a violência contra a juventude”.

O Conselho Permanente da CNBB afirma também que “nada justifica a violência, a destruição do património público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência”.

“Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito”, afirma.

A CNBB deseja que “estas manifestações” sejam o “fortalecimento da participação popular nos destinos de nosso país e prenúncio de novos tempos para todos”.

“Que o clamor do povo seja ouvido!”, conclui o documento assinado pelo cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, D. José Belisário da Silva, arcebispo de São Luís e vice-presidente da CNBB, e D. Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB.

PR

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Agência ECCLESIA

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