Brasil: Bispos alertam para desmembramento da legislação laboral e social

«Desemprego colossal» e rutura da «ordem democrática» são situações «angustiantes»

Brasília, 03 ago 2017 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), afirma que há “muitas situações angustiantes” na sociedade como “o desemprego colossal” e a rutura da “ordem democrática”.

“O governo, em lugar de fortalecer o papel do Estado para atender as necessidades e os direitos dos mais fragilizados, favorece os interesses do grande capital, sobretudo financeiro especulativo, penalizando os mais pobres, por exemplo com a reforma da previdência, falsamente justificada”, lê-se numa mensagem publicada no sítio online da CNBB.

Os bispos brasileiros consideram que hoje “clamam aos céus” as muitas situações “angustiantes”, entre as quais está “o desemprego colossal, o rompimento da ordem democrática” e o desmontar da legislação laboral e social.

“Entendemos que a Igreja tem por missão pastoral atuar frente à globalidade da realidade, particularmente as situações que geram sofrimentos humanos, com a mesma compaixão de Jesus Cristo”, refere a mensagem publicada no final do encontro realizado nos dias 31 de julho e 1 de agosto, em Brasília.

Por isso, consideram que devem como Igreja devem realizar a missão pastoral em profunda comunhão e com coragem profética “promovendo e fortalecendo ações comuns” com todos os setores democráticos do país.

“Em favor de novos rumos para a sociedade brasileira, fundados na dignidade humana de todos os cidadãos e cidadãs e no bem comum”, acrescentam na mensagem ‘Eu vi… e ouvi o clamor do meu povo’.

Segundo os prelados, o Brasil não vai ser um país diferente se não superarem “a ingenuidade, a passividade e a indiferença”.

Os bispos da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora e os referenciais das Pastorais Sociais da CNBB reuniram para procurar “luzes para a atuação da Igreja no Brasil frente aos novos desafios da nossa realidade”.

As reflexões foram inspiradas no Concílio Vaticano II, particularmente na Constituição Pastoral Gaudium et Spes (Alegria e Esperança).

CB

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Agência ECCLESIA

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