D. Walmor Oliveira de Azevedo enviou mensagem de condolências e fala em danos «irreparáveis»
Belo Horizonte, Brasil, 26 jan 2019 (Ecclesia) – O arcebispo de Belo Horizonte, D. Walmor Oliveira de Azevedo, manifestou o seu pesar pela rutura da mineradora Vale, no final da manhã de sexta-feira que provocou pelo menos nove mortes e centenas de desaparecidos.
Após a tragédia em Brumadinho, Minas Gerais, a arquidiocese brasileira de Belo Horizonte iniciou uma campanha solidária para arrecadar roupas, alimentos e água, destinados aos atingidos.
“A Arquidiocese de Belo Horizonte une-se a cada um dos atingidos, compartilhando as suas dores. Que as nossas comunidades de fé, especialmente as que servem ao Vale do Paraopeba, estejam juntas, para levar amparo, ajuda, a todos que sofrem diante de tão lamentável tragédia”, apela o arcebispo local.
A nota de D. Walmor Oliveira de Azevedo, divulgada através da internet, fala em “danos humanos e socioambientais irreparáveis”:
“É preciso repensar modelos de desenvolvimento que desconsideram o respeito à natureza, os parâmetros de sustentabilidade”, apela o responsável, recordando que no mesmo dia da tragédia foi retomada a autorização para a mineração na Serra da Piedade.
“Rezemos pelas vítimas desta tragédia, unidos ao coração de cada pessoa e de todas as famílias que sofrem, renovemos, mais uma vez, o nosso compromisso com a solidariedade”, pede o arcebispo.
Há quase três anos, outra das barragens da empresa Samarco, controlada pelos acionistas Vale e BHP, rebentou na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, originando uma torrente de lama que destruiu fauna, flora e construções ao longo de 650 quilómetros; o desastre causou 19 mortos, além de ter deixado desalojadas milhares de famílias.
OC