Padre José Cordeiro lembra S. Bento, padroeiro da diocese, e diz que «a beleza e a alegria do Evangelho têm um enorme fascínio»
Roma, 18 jul 2011 (Ecclesia) – O novo bispo de Bragança-Miranda, padre José Manuel Garcia Cordeiro, enviou hoje uma saudação à diocese onde manifesta a intenção de cooperar com as instituições públicas e a imprensa.
“Com as Autoridades autárquicas, civis, académicas, forças de segurança e órgãos de comunicação social espero uma colaboração recíproca em ordem ao bem comum”, aponta o prelado que sucede a D. António Montes em texto remetido à Agência ECCLESIA.
O sacerdote de 44 anos, nomeado esta segunda-feira pelo Papa Bento XVI, saúda “todas as pessoas de boa vontade que buscam a verdade na sua vida” e endereça “uma saudação amiga aos jovens, em especial aos seminaristas”.
Ao dirigir-se aos padres, a quem chama de “irmãos e amigos”, o prelado sublinha que o bispo “não é pensável” sem eles, ao mesmo tempo que adianta a intenção de “encontrar a todos e a cada um”, falando-lhes “de coração a coração”.
Após trabalhar doze anos em Roma, onde concluiu o doutoramento em Liturgia, deu aulas na universidade e presidiu ao Pontifício Colégio Português, o padre José Cordeiro diz ter recebido com “grande surpresa” a nomeação do Papa, que aceitou “num misto de temor e tremor”.
“Vivemos um tempo e um mundo que encaro com esperança no futuro”, sublinha o sacerdote, que regressa às “belas terras do Nordeste Transmontano” e à “amada” diocese de Bragança-Miranda “com um renovado entusiasmo para um novo serviço”.
A missiva, assinada no dia em que os católicos lembram o beato e bispo português Bartolomeu dos Mártires, inclui uma referência aos dois antecessores do 44.º prelado da diocese que tem São Bento como padroeiro.
D. António José Rafael ordenou o padre José Cordeiro como diácono e presbítero, enviando-o depois para Roma com o objetivo de aprofundar os estudos, seguindo-se D. António Montes, a quem o novo prelado agradece a “estima e acompanhamento do serviço pastoral e académico” na capital italiana.
Dirigindo-se aos “cristãos leigos, às famílias, aos Movimentos e às novas comunidades eclesiais, aos Secretariados, às Comissões diocesanas, às Instituições de solidariedade social, às Misericórdias, às Confrarias e às Irmandades”, o novo bispo diz oferecer “disponibilidade e oração”.
O texto encoraja os diáconos a prosseguir “o serviço da caridade, da Palavra e da Liturgia”, enquanto que aos religiosos e membros dos institutos seculares declara “estima e gratidão pelo dom do testemunho do primado absoluto de Deus na Igreja e no mundo”.
Depois de citar São Bento – “não prefiram absolutamente nada a Cristo” – o padre José Cordeiro pede à comunidade católica para “ousar a coragem da Esperança” e salienta que “a beleza e a alegria do Evangelho têm um enorme fascínio”.
“Quero aprender a ser Bispo para vós e continuar a ser cristão convosco”, assinala o sacerdote, que a partir de Roma, de onde escreve, diz rezar pela diocese junto dos túmulos do apóstolo Pedro, que a tradição católica considera o primeiro Papa, e de João Paulo II.
RM