D. José Cordeiro recorda a peregrinação, que decorreu entre os dias 12 e 26 de julho, como uma “manifestação inesquecível de fé e de evangelização”
Fátima, Santarém, 30 jul 2015 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda afirmou que a presença da Imagem Peregrina de Fátima levou à diocese "união e paz" e proporciou uma “manifestação inesquecível de fé e de evangelização”.
“Acreditamos que esta peregrinação será portadora de muitos frutos e será fecunda na fé, esperança e caridade. Uma das notas mais salientes foi a união e a paz que provocou em muitas terras, famílias que estavam divididas mas que na sua preparação a Senhora conseguiu congregar na união e na paz”, recorda D. José Cordeiro sobre um caminho que é para “continuar a realizar”.
O bispo diocesano disse à Agência ECCLESIA que, após ter acompanhado a imagem de Nossa Senhora de Fátima durante os 15 dias da vista, “quase como um capelão peregrino”, aconteceu um momento “extraordinário de graça” porque Bragança-Miranda é uma diocese “muito vasta” mas também “muito despovoada, desertificada” que neste período, que também coincidiu com as férias de muitos emigrantes, esteve “muito povoada”.
“Foi uma manifestação inesquecível de fé e de evangelização, Nossa Senhora é para nós mãe e mestra, arrastou multidões”, acrescentou sobre a visita que realizou-se entre 12 e 26 de julho.
Segundo o bispo de Bragança-Miranda, todos os dias foram uma “surpresa permanente” que foi sentida no “acolhimento” que a diocese periférica proporcionou.
“Bragança que às vezes é entendida como a periferia das periferias, e nós sentimos isso, sentiu com maior profundidade a sua presença, naquela sua imagem, que vem abraçar a todos, mesmo os mais distantes, e que é portadora da mensagem da graça, da misericórdia, da paz”, desenvolveu D. José Cordeiro.
À margem do 41.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, em Fátima, o bispo diocesano destacou que os “mais privilegiados” foram os mais idosos, as crianças, os mais pobres, doentes, presos com “momentos extraordinários” e todos souberam acolher de uma maneira “tão hospitaleira, fidalga, filial e fraterna”.
“Mais do que se recebessem uma rainha”, observou.
A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima está a visitar todas as dioceses portuguesas, no contexto do Centenário das Aparições em 2017, e D. José Cordeiro adianta que da passagem pela diocese transmontana “nasceu a ideia” de “retribuir a vista”, por isso, no final deste périplo esta Igreja local vai “ousar a primeira peregrinação diocesana de Bragança-Miranda ao Santuário de Fátima”, de 10 a 12 de junho de 2016.
No final da visita, no domingo, dia 26 de julho, os fiéis foram chamados como comunidade eclesial – bispo, padres, consagrados e todos os cristãos – a participarem na sua passagem à Diocese de Lamego, na barragem do Pocinho.
“Foi ali que fizemos a consagração ao seu Imaculado Coração porque queremos também ser uma diocese e povo peregrino, no repto do Papa, uma igreja em saída que na estrada, no mundo, é ai que vive e testemunha a sua fé”, recordou o bispo de Bragança-Miranda.
O bispo diocesano comentou também que o projeto pastoral até 2017, que coincide com as Aparições de Fátima, tem como lema “Juntos com Cristo nos novos caminhos da missão” se para o ano [2015-2016] vão viver a “santidade” depois concluem com um “Ano Mariano” a partir das palavras de Maria nas Bodas de Cana – “Fazei tudo o que ele vos disser”.
CB/PR