Bragança-Miranda: Fundação diocesana implementa projeto sobre uso saudável da tecnologia, envolvendo cerca de 150 jovens de contextos vulneráveis

Iniciativa pretende «promover o equilíbrio entre o mundo online e offline, abordando os riscos associados ao uso excessivo de redes sociais, videojogos e apostas online»

Equipa do Projeto XPTO

Braga, 31 jan 2025 (Ecclesia) – A Fundação Casa de Trabalho – Patronato de Santo António, da Diocese de Bragança-Miranda, anunciou esta quinta-feira que vai implementar, naquele distrito, o Projeto XPTO, que visa aumentar a literacia tecnológica de adolescentes entre os 12 e os 16 anos.

A iniciativa, que tem como objetivo promover “o equilíbrio entre o mundo online e offline, abordando os riscos associados ao uso excessivo de redes sociais, videojogos e apostas online”, decorre de 2 de janeiro de 2025 a 31 de julho de 2027, informa a fundação diocesana.

O projeto vai utilizar “a arte do teatro como ferramenta educativa e transformadora”.

“Cerca de 150 jovens, provenientes de contextos vulneráveis, participarão de laboratórios colaborativos em áreas como dramaturgia, cenografia, dança e música, culminando na criação de uma peça de teatro que aborda os desafios do uso da tecnologia”, pode ler-se na nota enviada à Agência ECCLESIA.

O Projeto XPTO responde às crescentes preocupações com o impacto da tecnologia na vida dos jovens.

“Queremos que esta geração esteja preparada para aproveitar as oportunidades do mundo digital, mas de forma equilibrada e consciente”, salienta a equipa responsável.

Segundo a Fundação Casa de Trabalho – Patronato de Santo António, o “projeto destaca-se pela metodologia participativa, sistémica e comunitária, envolvendo não apenas os jovens, mas também suas famílias e a comunidade escolar”.

“A solução inclui sessões psicoterapêuticas individuais, intervenções pedagógicas familiares e atividades grupais que estimulam competências sociais e emocionais”, explica o documento.

Até ao final do programa, espera-se que 70% dos participantes adotem práticas tecnológicas mais saudáveis.

A equipa de trabalho do projeto é de caráter multidisciplinar composta por uma psicóloga a 100%, uma professora a 50%, um gestor e avaliador de Impacto Social a 50% e cinco monitores da área das artes.

Esta é uma iniciativa desenvolvida no âmbito do programa operacional Portugal Inovação Social, através do Programa Regional Norte 2030, e cofinanciado pelo Fundo Social Europeu e conta com o apoio de instituições públicas e privadas, incluindo o Banco BPI e a Fundação “la Caixa”, a Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda, a PA Insurance e a União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo (UFSSMM).

Os principais parceiros do projeto serão as escolas do distrito onde irá incidir a intervenção.

LJ

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