Bispo diocesano evocou Senhora das Graças como «Mãe, Mulher Admirável, Rainha de caridade e de paz» e pediu «o fim das guerras»

Bragança, 22 ago 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Bragança-Miranda celebrou hoje a padroeira da cidade e titular da catedral, a Senhora das Graças, com uma Eucaristia e procissão, e associou-se ao dia de jejum e oração convocado pelo Papa Leão XIV.
“Com alegria, festejamos, hoje, a Padroeira da cidade de Bragança, do Município, da Unidade Pastoral e da nossa Catedral. Ela é a Mãe, Mulher Admirável, Rainha de caridade e de paz. E como é grande, hoje, a sede de paz!”, afirmou o bispo diocesano, na homilia da Eucaristia celebrada na catedral da diocese, na solenidade da Virgem Santa Maria, Rainha.
D. Nuno Almeida lembrou que a Senhora das Graças “é toda vestida de luz, mais brilhante que o sol” e envolve todos “no seu manto de afeto e ternura, como no seio materno”.
Segundo o bispo, “o seu coração é como uma fogueira acesa que arde e alumia, porque revestida da Luz” e nele cabem todos e “cada um” na “sua singularidade”.
Temos uma Mãe e Rainha que nos guia pelo caminho do bem e da paz”, salientou D. Nuno Almeida.
O bispo diocesano exortou todos a pedir a Nossa Senhora, Mãe e Rainha, que alcance para todos “o dom de uma fé madura, semelhante à sua; uma fé nítida, genuína, humilde e também valente, impregnada de esperança e entusiasmo pelo reino de Deus”.

“Digamos-lhe que queremos ser melhores discípulos-missionários, pondo em prática tudo o que o Seu Filho nos disser! E o primeiro testemunho que é preciso dar é o da alegria de ser quem somos: pessoas de esperança, pessoas da Igreja ao serviço da formação integral, que inclui todas as dimensões da fé: fé professada, celebrada, vivida, rezada, anunciada”, realçou.
Segundo o bispo, a “alegria deve ser uma marca tatuada” no rosto e, para que assim aconteça, é “urgente criar ligames entre os problemas reais e o Evangelho” para afinar assim o “pensar, sentir e agir”.
No final da homilia, D. Nuno Almeida lembrou o “veemente e urgente apelo” que o Papa lançou na passada quarta-feira, quando convocou para hoje um dia de jejum e oração pela paz no mundo.
O bispo diocesano lembrou as palavras de Leão XIV na audiência geral e proferiu uma oração na Eucaristia, animada liturgicamente pelo Coral Brigantino e na qual marcaram presença D. António Montes, bispo emérito de Bragança-Miranda, e o presidente da Câmara Municipal.
Seguiu-se depois uma procissão pelas ruas da cidade, no final da qual o bispo diocesano lembrou que a beleza da Festa da Senhora das Graças “prova que a devoção mariana é uma característica evidente da fé cristã nas pessoas de Bragança e de todo o Nordeste Transmontano”.
Neste dia, unimo-nos ao Papa Leão XIV, a toda a Igreja e a todos os homens e mulheres de boa vontade e rezamos pela PAZ! Pedimos a Nossa Senhora o fim das guerras, comprometendo-nos a trabalhar pela reconciliação e pela paz, com coragem, com a confiança que brota da fé de que o mal destruidor e cruel não vencerá”, referiu.
D. Nuno Almeida encerrou a procissão com uma oração à Senhora das Graças, que é “desde 1856 a padroeira muito amada da cidade de Bragança, desde 2001 a titular da Catedral e desde 2012 dá nome” àquela unidade pastoral.
LJ/PR