Bispo da diocese abriu primeiras Jornadas de Pastoral Litúrgica no território e afirmou ser «urgente» coordenador para esta área em cada paróquia para formação permanente e adequada a cada assembleia

Bragança, 28 jun 2025 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda pediu hoje que a liturgia que os cristãos celebram integre “coerentemente” um testemunho “pessoal e comunitário, ao serviço dos pobres e marginalizados” e alertou contra a “superficialidade” e comportamentos contraditórios”.
“Uma boa pastoral litúrgica ajuda a purificar a celebração de deficiências, da rotina, da superficialidade e de comportamentos contraditórios com a fé, que muitas vezes, podem afastar crentes e não crentes. A pastoral litúrgica é fundamentalmente educativa, pois a sua tarefa principal é formar o povo no sentido do próprio Deus e do sagrado; introduzir os cristãos no espírito da celebração; criar um sentido de Igreja; ensinar a participar melhor na oração comunitária; ajudar a compreender as diversas celebrações”, afirmou D. Nuno Almeida, no início das Jornadas de Pastoral Litúrgica, na diocese de Bragança-Miranda.
O responsável pediu que cada Unidade Pastoral, exista uma equipa de Pastoral Litúrgica que deverá “ocupar-se com a preparação das celebrações, a realização das celebrações, a educação litúrgica da comunidade, a formação litúrgica dos membros da própria equipa”.
“Em cada paróquia, é urgente que exista coordenador da Pastoral Litúrgica, que faz parte da Equipa Pastoral Paroquial e do Conselho da Unidade Pastoral”, pediu.
D. Nuno Almeida assinalou ser central a “busca do sentido mais verdadeiro da liturgia cristã”.
“É necessária uma aprendizagem permanente na liturgia que é dada pela arte de celebrar bem por parte de quem preside e de todos os participam na celebração. A liturgia educa para a liturgia: fazer bem aquilo que se faz é o primeiro ato educativo”, destacou.
O bispo de Bragança-Miranda sublinhou ser preciso uma “formação permanente para a liturgia”, dirigidas à diferente composição da assembleia, “de tipo mistagógico e não meramente didático ou escolar”.
“Nunca é demais recordar que a pastoral litúrgica deve promover a dignidade e beleza, harmonia, proporção e elegância em tudo o que se diz, faz e canta, tendo como base uma espiritualidade de adoração do Mistério, são os requisitos de fundo para uma celebração de qualidade”, sublinhou.
O responsável pediu que a celebração seja guiada pela “sabedoria celebrativa” a fim de que se realize com “dignidade e beleza e abra o coração à contemplação, ao encanto e ao deslumbramento do mistério celebrado”, respeitando “as normas litúrgicas”.
Ao iniciar as primeiras Jornadas de Pastoral Litúrgica da diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida recordou a “finalidade” desta área da pastoral que deve proporcionar uma “participação ativa, plena, consciente e frutuosa dos fiéis na celebração cristã”, traduzindo a “centralidade teológica e espiritual da Eucaristia” numa “experiência celebrativa, pessoal e comunitária, de excelência”.
“A pastoral litúrgica é um saber fazer, uma arte de conduzir os cristãos para uma vivência mais profunda do mistério da salvação, mediante a participação consciente, ativa e frutuosa, a que têm direito, nas celebrações litúrgicas, em virtude do batismo”, assinalou.
D. Nuno Almeida quis ainda saudar a presença de D. José Cordeiro, que foi bispo da diocese de Bragança, e assinalou que em breve, no calendário das atividades diocesanas se vão seguir as Jornadas de Pastoral Profética e de Pastoral Social, organizadas pelas respetivas Comissões Diocesanas.
“Esperamos que não sejam somente mais um evento, mas caminho que queremos percorrer juntos”, traduziu.
O bispo de Bragança-Miranda referiu ainda que a primeira fase de obras para a Casa Pastoral Diocesana está concluída mas que para dar seguimento ao projeto são necessário “recursos financeiros”.
“ Para podermos recomeçar estas obras da Casa Pastoral Diocesana, de todos e aberta a todos, na hospitalidade, na espiritualidade e formação, precisamos de muitos e generosos benfeitores”, indicou.
LS