Renúncia Quaresmal destina-se ao «recomeço das obras da Casa Pastoral Diocesana», casa aberta a todos na hospitalidade e na espiritualidade, informa D. Nuno Almeida
Bragança, 05 mar 2025 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda incentiva a “caminhar juntos” e a “não cair na indiferença” na Nota Pastoral para o tempo da Quaresma, intitulada ‘Avancemos unidos na esperança!’, onde destaca três “instrumentos práticos”, o jejum, a oração e esmola.
“Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos cair na indiferença? A Quaresma oferece-nos instrumentos práticos: o jejum, a oração e esmola”, escreve D. Nuno Almeida, no documento enviado à Agência ECCLESIA.
Na Nota Pastoral intitulada ‘Avancemos unidos na esperança!’, para o tempo litúrgico da Quaresma que começa esta quarta-feira, dia 5 de março, com a celebração de imposição das cinzas, o bispo de Bragança-Miranda explica que caminhar juntos significa “ser tecelões de unidade, partindo da dignidade comum de filhos de Deus”, e significa também “caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro”.
“Sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído. Sigamos na mesma direção, rumo a uma única meta, ouvindo-nos uns aos outros com amor e paciência”, acrescentou.
Sobre os “instrumentos práticos” que a Quaresma, D. Nuno Almeida explica que a oração volta o olhar para Deus, “para as coisas grandes e amplia a respiração”, e destacou a iniciativa ‘24 horas para o Senhor’, instituída pelo Papa Francisco, este ano nos dias 28 e 29 de março, sobre a esmola que os leve “a multiplicar gestos de caridade e de partilha”.
O tempo litúrgico da Quaresma é um período de 40 dias (a contagem exclui os domingos) marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (em 2025, no dia 20 de abril).
O bispo de Bragança-Miranda informa a diocese que a partilha, a Renúncia Quaresmal, este ano é para recomeçar as “obras da Casa Pastoral Diocesana”, a entregar nas Eucaristias de Domingo de Ramos (IBAN: PT50004522164025488590831), porque as obras da primeira fase estão concluídas, mas “esgotaram os recursos financeiros da Diocese”.

D. Nuno Almeida explica que precisam “urgentemente desta casa aberta a todos na hospitalidade e na espiritualidade”, para que esta Igreja Diocesana “tenha um rosto sinodal missionário”, e recorda as várias utilizações que vai ter a Casa Pastoral Diocesana, como “um pequeno apartamento para residência do bispo”; uma casa do Presbitério, “de convívio e de formação permanente dos Pastores em todas as fases da vida sacerdotal”.
“Um lugar de retiros ou exercícios espirituais, de recoleções e de formação permanente dos Leigos; o Instituto Diocesano de Estudos Pastorais com cursos de Bíblia, Teologia, Liturgia, Pastoral, Direito Canónico, Espiritualidade, e outras dimensões da Cultura Cristã com uma biblioteca e um auditório, além dos quartos para o alojamento completo em articulação com a igreja de S. José, cozinha, bar e lavandaria do Seminário”, desenvolve.
O bispo de Bragança-Miranda começa a nota pastoral ‘Avancemos unidos na esperança!’, a assinalar que o Papa Francisco, na sua mensagem para a Quaresma, recorda que, como cristãos, são “chamados a percorrer um caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários”.
CB/OC