D. José Cordeiro incentiva a «novo impulso de humanidade» pela Obras de Misericórdia
Bragança, 29 jan 2016 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Bragança-Miranda frisa que a passagem das obras de Misericórdia à Misericórdia das obras, passar do “fazer ao ser em Deus Rico de misericórdia”, é o “grande desafio” do Ano Santo que está a ser vivido pela Igreja.
“Hoje temos tantas formas de pobreza: a económica e material, a cultural e social, a espiritual e afetiva. Todavia, a misericórdia não se pode limitar à pobreza material, sobretudo em tempos de crise. O nosso compromisso tem de ser integral, para salvar o todo da pessoa e toda a pessoa que mais precisa da nossa ajuda”, realça D. José Cordeiro.
Num texto publicado na edição mais recente do Semanário digital ECCLESIA, o prelado escreve que, “nestes tempos difíceis”, recordar a tradição das obras de misericórdia significa “apreender” a caridade e a misericórdia como “arte do encontro, da relação, de viver”.
“Mas significa sobretudo novo impulso de humanidade”, acrescenta.
Para D. José Cordeiro este “novo impulso” implica não permitir “o cinismo, a corrupção, a mentira, a ambição do poder e do domínio sobre os outros, a barbárie e a indiferença”.
No artigo de opinião, o bispo de Bragança-Miranda alerta para o abuso da misericórdia e da religião quando aparecem como uma “espécie de amaciador para a moral cristã”: “Hoje, parece que tudo se mascara.”
“O afeto com os nossos pais, os nossos avós, os mais idosos, as crianças, os jovens, os adultos, faz da nossa comunidade uma família de famílias. Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, no trabalho e no descanso, a Misericórdia vem ao encontro da nossa miséria”, desenvolve o prelado.
Recordando a surpresa da proclamação de um Jubileu extraordinário dedicado à misericórdia, D. José Cordeiro sublinha que todos precisam de “reaprender a gramática elementar da Misericórdia”, e no seu artigo relembra as 14 Obras de Misericórdia, sete espirituais e sete corporais.
CB