Bragança-Miranda: «A Cruz e a morte de Jesus continuam a desafiar todos os homens», afirmou bispo diocesano

D. Nuno Almeida indica que Jesus pede para irem «consolar, libertar e amar os Seus irmãos»

Foto: BLR/SDCS

Bragança, 18 abr 2025 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda disse hoje que a Cruz e a morte de Jesus “continuam a unir todos os sofrimentos do mundo”, na celebração da Paixão do Senhor, onde incentivou à solidariedade e compaixão, na catedral diocesana.

“A Cruz e a morte de Jesus continuam, hoje, nas pessoas que morrem de fome; nos inocentes que sofrem a guerra e as suas consequências; nos jovens que não têm esperança nem sentido para viver; nas crianças que não chegam a nascer; nos casais que destroem o amor; nos idosos que sofrem o abandono e a solidão”, disse D. Nuno Almeida, na homilia publicada online pela diocese transmontana.

O bispo de Bragança-Miranda explicou que a Cruz e a morte de Jesus “continuam a unir todos os sofrimentos do mundo”, no grande Calvário que os homens continuam a erguer, e continuam a “desafiar todos os homens”, pedindo solidariedade, justiça, liberdade e amor.

“É ‘Hora de Salvação’ que Jesus vive na Cruz e na morte. Aceitemo-la, construindo e distribuindo salvação. Jesus continua a pedir-nos que não choremos por Ele, mas que vamos consolar, libertar e amar os Seus irmãos!”

Foto: BLR/SDCS

Segundo D. Nuno Almeida, no rosto desfigurado do Crucificado, “Deus revela-Se identificado para sempre com todos os crucificados da história”, por isso, pediu que não passem ao largo e não olhem para outro lado “perante os ‘Gólgotas’ e os ‘Infernos’” deste tempo.

“Diante da cruz, não podemos ser meros espectadores comovidos, pois estamos perante o desafio do crucificado: «Quem quiser seguir-me – disse, em vida, para quem o quis ouvir- tome a sua cruz». Ou seja: assuma o sentido da vida e viva intensamente. Dando-a sem a desbaratar”, acrescentou.

Na celebração de Sexta-feira Santa, o responsável diocesano assinalou que a paixão de Jesus “torna-se compaixão” quando estendem a mão àqueles que já não aguentam mais, quando levantam os que caíram, e quando abraçam os que estão desanimados.

“Irmãos, irmãs, para experimentar este grande milagre da misericórdia, escolhamos como levar a cruz: não somente ao pescoço, mas no coração. Não só a nossa, mas também a daqueles que sofrem ao nosso lado; talvez a daquela pessoa desconhecida que o acaso – mas será mesmo o acaso? – nos fez encontrar”, desenvolveu D. Nuno Almeida, convidando a celebrarem e viverem a Páscoa do Senhor como “cireneus uns dos outros”.

CB

Partilhar:
Scroll to Top