D. Jorge Ortiga recordou estudantes que morreram em abril
Braga, 12 mai 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga pediu aos finalistas universitários que se assumam como protagonistas do futuro, construindo “algo de novo”, e recuperem o “sentido para a vida”.
“Importa ter a coragem de olhar para nós, cada um para si, não para ser egoísta, fechar-se, mas para reencontrar tesouros, competências, capacidades que temos dentro de nós, quais verdadeiras sementes. Importa recuperar um sentido para a vida. Ver para onde caminhamos e para onde se dirige a nossa vida”, disse D. Jorge Ortiga, na Missa da Bênção de Finalistas, a que presidiu no sábado.
“Não te instales esperando soluções. Arrisca e reconhece que muito podes dar ao mundo”, acrescentou.
O prelado recordou os estudantes que morreram em abril, na sequência da queda de uma estrutura nas imediações do Campus de Gualtar.
“Os acontecimentos que enlutaram recentemente a Academia da Universidade do Minho, e aqui gostaria que estivessem presentes em clima de solidariedade, recordação e sufrágio com quem partiu e com os seus familiares, devem ser encarados como uma tomada de consciência sobre o modo como cuidamos da nossa vida”, assinala.
D. Jorge Ortiga convidou os participantes na celebração a encarar Deus como alguém próximo: “Nós professamos um Deus que não é uma máquina, um dado científico, uma ideia abstrata ou ser extraterrestre”.
“Ele é apenas uma pessoa que mete conversa e deseja caminhar ao teu lado, partilhando as tuas lágrimas, as tuas feridas, os teus sonhos, os teus trabalhos, as tuas alegrias e a tua vida. E por isso, eu só vos queria pedir uma coisa: podeis ter medo de muita coisa, mas não precisais de ter medo de Deus”, prosseguiu.
No Dia Mundial de Oração pelas Vocações, D. Jorge Ortiga deixou ainda uma pergunta aos jovens presentes: “Porque não ser sacerdote, religiosa ou consagrada no futuro?”.
“Faz de cada ocasião da tua vida um momento de alegria e de esperança, na certeza de que nunca caminhas sozinho! Não te deixes levar por teorias ilógicas, sentimentos desumanos ou por um cientificismo agnóstico”, concluiu.
OC